Chega falha pela segunda vez tentativa de ouvir Costa e Galamba no Parlamento
O primeiro requerimento, também do Chega, foi chumbado. O partido tentou um requerimento potestativo (obrigatório), mas o regimento da Assembleia da República travou a segunda tentativa.
O requerimento potestativo do Chega para ouvir no Parlamento o ex-primeiro-ministro António Costa e o antigo ministro João Galamba sobre a demissão da ex-presidente executiva da TAP foi rejeitado esta quarta-feira por não estar em concordância com o regimento.
Durante a apreciação do requerimento potestativo apresentado pelo Chega na Comissão de Economia, Obras Públicas e Habitação, o deputado socialista Hugo Costa apontou que o regimento da Assembleia da República apenas permite que sejam ouvidos responsáveis em funções.
Perante a exposição do grupo parlamentar socialista, o presidente da comissão, Miguel Santos (PSD), recuperou um parecer emitido em Outubro do ano passado por uma outra comissão parlamentar. "Não tenho dúvidas de que o requerimento não cumpre os requisitos legais", afirmou Miguel Santos perante este parecer que analisou a admissibilidade de um requerimento potestativo em situações semelhantes.
Por insistência do Chega, foi aprovado, sem oposição dos partidos presentes – PSD, PS, Chega e IL – o pedido de um novo parecer.
No dia 26 de Junho, os deputados da Comissão de Economia, Obras Públicas e Habitação chumbaram um primeiro requerimento, também do Chega, para ouvir no Parlamento Costa e Galamba, com votos contra do PS e PSD.
No final da votação, que contou com os votos a favor do Chega e da Iniciativa Liberal e a abstenção do PAN, o grupo parlamentar do Chega anunciou que iria avançar com um requerimento potestativo.
Na semana anterior, o partido de extrema-direita anunciou que ia propor a audição na Assembleia da República do ex-primeiro-ministro António Costa, após a CNN Portugal ter divulgado uma escuta da Operação Influencer, de 5 de Março do ano passado, na qual António Costa terá dito ao ex-ministro das Infra-Estruturas, João Galamba, que Christine Ourmières-Widener teria de sair da liderança da TAP por razões políticas, por forma a conter eventuais danos para o Governo.