Relâmpagos fortes provocam incêndios na ilha grega de Thassos
Os incêndios florestais tornaram-se mais comuns e devastadores na Grécia nos últimos anos devido às alterações climáticas, segundo os cientistas. Protecção civil alerta para risco de tempestades.
Um forte relâmpago provocou dois incêndios na ilha grega de Thassos esta quarta-feira, informou o corpo de bombeiros, um dia depois de as forças de combate a incêndios terem dominado incêndios florestais provocados por ventos invulgarmente fortes em duas outras ilhas.
Mais de 32 bombeiros assistidos por 13 carros de bombeiros, um avião e dois helicópteros estavam a tentar apagar as chamas que devoravam terrenos florestais em duas frentes na ilha no norte do Mar Egeu, 306 km a norte de Atenas. Durante o dia, eram esperados reforços da cidade vizinha de Kavala.
Os incêndios florestais tornaram-se mais comuns e devastadores na Grécia nos últimos anos devido às alterações climáticas, segundo os cientistas, perturbando frequentemente o turismo de Verão, quando milhões de pessoas se deslocam às ilhas do país.
A precipitação seria normalmente uma bênção em zonas que não viam uma gota de água há meses, mas os relâmpagos que a acompanharam pioraram as coisas em Thassos. Os serviços de protecção civil gregos alertaram para a possibilidade de mais condições meteorológicas anormais na quarta e quinta-feira, afirmando que são esperadas tempestades com uma elevada frequência de relâmpagos e granizo. O centro e o norte da Grécia serão os mais afectados.
O primeiro-ministro Kyriakos Mitsotakis alertou esta semana para o perigo de um Verão de incêndios florestais, na sequência de uma seca prolongada e de rajadas de vento invulgarmente elevadas para a época.
No ano passado, os incêndios florestais mataram 20 pessoas no norte do país e obrigaram 19.000 pessoas a fugir da ilha de Rodes. Para localizar precocemente os incêndios, o país mediterrânico está a utilizar cada vez mais drones que ajudam a monitorizar os terrenos florestais.
Cerca de 240 bombeiros de países como a Bulgária, Malta, Moldávia e Roménia vão reforçar as forças gregas de combate a incêndios entre Julho e Setembro, informou o Ministério da Protecção Civil em comunicado na terça-feira.