Em 2023, GNR registou 602 acidentes com veículos agrícolas e 40 mortes

Autoridade lança Operação Campo Seguro até Fevereiro de 2025 e reforçará sensibilização junto dos utilizadores de tractores e máquinas agrícolas.

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Contabilização revelada esta segunda-feira pela GNR Nuno Ferreira Santos
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A Guarda Nacional Republicana (GNR) registou no ano passado 602 acidentes rodoviários com veículos agrícolas, que causaram 40 mortos, 65 feridos graves e 224 feridos ligeiros, refere esta segunda-feira aquela polícia em comunicado.

Numa nota para assinalar o arranque da Operação Campo Seguro 2024, a GNR adianta que tendo em conta os dados da sinistralidade, os militares vão reforçar acções de sensibilização aos utilizadores de tractores e máquinas agrícolas.

O objectivo, segundo a guarda, é “fazer cumprir as regras de segurança e prevenir a ocorrência de acidentes na manobra de veículos e máquinas agrícolas e florestais”.

Ainda segundo os dados da GNR, em 2023 foram realizadas 1011 acções de sensibilização, visando 8638 pessoas com especial incidência em propriedades privadas, a agricultores com pequenas e médias culturas, atendendo que por norma é nestes locais onde ocorrem mais acidentes deste tipo.

No que respeita aos acidentes rodoviários com veículos agrícolas, as causas mais comuns identificadas pela GNR foram a distracção, falta de destreza e as manobras irregulares.

Nos acidentes com veículos agrícolas, em propriedade privada, as causas mais comuns são a perda de controlo, a irregularidade do terreno e a queda do tractor.

A operação Campo Seguro 2024 arranca esta segunda-feira e termina a 16 de Fevereiro de 2025, visando o reforço do patrulhamento e a fiscalização nas explorações agrícolas e florestais com o objectivo de prevenir possíveis situações de tráfico de seres humanos e roubos e para promover a utilização segura de veículos ou máquinas agrícolas e florestais.

Durante a operação, a GNR pretende sensibilizar a população em geral e a rural em particular, para a adopção de comportamentos que possam evitar eventuais ilícitos criminais, nomeadamente o furto de produtos e máquinas agrícolas e o furto metais não preciosos.

Visa igualmente identificar eventuais situações de exploração em contexto laboral, nomeadamente que possam estar relacionadas com o tráfico de seres humanos (TSH) e ainda, sensibilizar para a utilização e condução segura de veículos agrícolas e florestais, evitando acidentes e quaisquer sinistralidade associada.

Na nota, a guarda aconselha os utilizadores a não descurar a manutenção do veículo, a usar acessórios de iluminação e sinalização, de acordo com a lei, a frequentar acções de formação teóricas e práticas, e não conduzir sob o efeito do álcool, fadiga ou velocidade não adequada às condições do veículo e à carga transportada.

A GNR lembra ainda que as estruturas de protecção, como o arco de “Santo António”, podem evitar a morte do condutor ou reduzir a gravidade dos ferimentos.

No âmbito da operação vão estar empenhados militares de várias valências da GNR, nomeadamente, dos Comandos Territoriais, do Serviço de Protecção da Natureza e Ambiente, da Unidade de Controlo Costeiro e Fronteiras, da Unidade de Segurança e Honras de Estado e da Unidade de Acção Fiscal.

Segundo a guarda, serão igualmente efectuadas acções de controlo e fiscalização do transporte de produtos agrícolas e florestais nos pontos de passagem da fronteira terrestre, em coordenação com a Guardia Civil espanhola.

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