Grande, grande foi a viagem, grande e eterna é a obra

A obra de Fausto Bordalo Dias vai muito para além do sempre lembrado Por Este Rio Acima, compondo uma belíssima teia de viagens por vários universos.

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Fausto num concerto no Coliseu dos Recreios em Outubro de 2012 Daniel Rocha
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Como pode alguém nascido a bordo de um navio, em pleno oceano Atlântico, não ficar marcado definitivamente pelas águas? Águas do parto, águas do mar, águas dos rios que nele afluem? De tal modo, que até as referências à obra gravada de Fausto Bordalo Dias (1948-2024) se afunilam habitualmente num título banhado pelas águas, Por Este Rio Acima. Lembrança justa, porque é, sem dúvida, um dos discos mais marcantes e relevantes de toda a música popular portuguesa, mas também injusta porque demasiado redutora, como o próprio tantas vezes sentia e disse.

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