70% das grávidas que ligaram para o SNS 24 foram encaminhadas para as urgências

Desde 1 de Junho, das 7561 grávidas que ligaram para a linha SNS 24 a pedir informações sobre o funcionamento das urgências, 5300 foram encaminhadas para os hospitais mais próximos de casa.

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Entre os dias 1 e 27 de Junho, a linha SNS 24 recebeu 255 mil chamadas, o que dá uma média de cerca de 9500 contactos por dia Nelson Garrido
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Entre os dias 1 e 27 de Junho, das 7561 grávidas que ligaram para a linha SNS Grávida (808 24 24 24) a pedirem informações sobre o funcionamento das urgências, cerca de 70% foram mesmo encaminhadas para o serviço de urgência mais próximo da sua área de residência, tendo em conta o respectivo quadro clínico.

A linha SNS Grávida começou a funcionar a 1 de Junho, no âmbito do Plano de Emergência e Transformação na Saúde, para dar resposta a uma área que tem tido alguns constrangimentos devido à falta de pessoal para completar as escalas de urgência de ginecologia e obstetrícia e também de pediatria, situação que tem obrigado mesmo a encerrar alguns serviços de urgência, em particular na região de Lisboa e Vale do Tejo, onde as dificuldades são maiores. O Governo tem insistido na necessidade de as grávidas (bem como os restantes cidadãos) recorrerem ao SNS 24 antes de se dirigirem à urgência.

Este domingo, estiveram encerradas seis urgências de obstetrícia e ginecologia (Leiria, Setúbal, São Francisco Xavier, Barreiro, Vila Franca de Xira e Santa Maria) e uma a funcionar com referenciação (Amadora/Sintra). Na área da pediatria estiveram encerrados quatro serviços de urgência (Barreiro, Loures, Leiria e Chaves) e dois com referenciação prévia (Amadora/Sintra e Viseu). As escalas de funcionamento dos serviços podem ser consultadas aqui.

Segundo informação dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS), entre os dias 1 e 27 de Junho foi recebido na linha SNS 24 um total de 7561 chamadas de grávidas, uma média de 280 por dia, sendo que 5300 foram encaminhadas para a urgência mais próxima que estava a funcionar.

Segundo os SPMS, cerca de 11% das grávidas foram aconselhadas a ficar em vigilância em casa, das quais 425 utentes tinham intenção inicial de se dirigem a um serviço de urgência ou aos cuidados de saúde primários, não se tendo verificando essa necessidade. Adicionalmente, registaram-se cerca de 17% de encaminhamentos para os centros de saúde de entre as 380 que tinham intenção inicial de se dirigirem a uma urgência, acabando antes por ser reencaminhadas para os cuidados primários.

Contudo, a grande maioria das grávidas que procuraram o apoio da linha SNS 24 foi mesmo enviada para o hospital, tendo sido essa a conclusão para 5300 das 7561 chamadas recebidas.

Nesse período, a linha SNS 24 recebeu 255 mil chamadas, o que dá uma média de cerca de 9500 contactos por dia.

Segundo o Governo, a linha SNS Grávida tem como objectivo organizar o circuito da grávida, em particular em situações de urgência, garantindo uma "resposta de qualidade e segurança".

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