PSD junta-se em Sintra para avaliar Governo e preparar debate sobre estado do país

Os 78 deputados sociais-democratas estarão até terça-feira a preparar o debate que reflecte o país. Saúde, economia e contexto internacional serão os temas das jornadas parlamentares do PSD.

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O grupo parlamentar do PSD estará em Sintra para balanço e redefinição de estratégia Rui Gaudêncio
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É uma semana de jornadas à direita. O primeiro arranque cabe ao PSD, que esta segunda-feira juntará o seu grupo parlamentar, em Sintra, para preparar o debate do estado da nação, agendado para 17 de Julho. O encontro dos 78 deputados sociais-democratas elege como temas centrais os desafios económicos e político, a saúde e as questões geopolíticas e procura avaliar “o que foi feito nos últimos três meses, o que vem dos últimos oito anos” e para “onde vai” o PSD, explica Hugo Soares, líder parlamentar do partido. O encontro será encerrado pelo presidente do PSD e primeiro-ministro na terça-feira. Nesse dia, o Partido Popular Europeu (PPE) iniciará também as suas jornadas parlamentares, entre Lisboa e Cascais.

A escolha de Sintra, a um ano das eleições autárquicas, é “um sinal político” da intenção de recuperar a câmara que está desde 2015 nas mãos do PS, admite Hugo Soares, em conversa com o PÚBLICO. Por isso, o dia arranca com um conjunto de visitas a empresas e serviços locais, para mostrar “proximidade”, mas também para ouvir a população e se inteirar “da realidade” do concelho. “Sintra merece ter uma governação que projecte este concelho e que lhe devolva o patamar nacional que teve no passado”, acrescenta.

O painel escolhido pelo PSD é, nas palavras do líder parlamentar social-democrata, “ecléctico” e com “visões diferenciadas” que vão desde “a esquerda à direita moderadas”, também para assinalar a “necessária abertura à sociedade civil”. “Procurámos ter convidados independentes, heterogéneos, que nos possam dar uma visão do que é hoje o estado da situação do país em diversos sectores”, explica Hugo Soares.

Nuno Rogeiro, comentador e jornalista da SIC Notícias, é um dos oradores, que conduzirá uma conversa sobre política internacional, “num momento em que a Europa e o mundo vivem momentos de grande desafio, com duas guerras, uma na Europa e outra às portas da Europa”.

O segundo dia será dedicado aos desafios na política e economia, com a participação da jornalista e comentadora da CNN Mafalda Anjos, bem como do ex-secretário de Estado do Empreendedorismo, Competitividade e Inovação, Carlos Oliveira. Haverá também um painel dedicado “às matérias sociais”, com Eurico Castro Alves, médico e coordenador do Plano de Emergência da Saúde, e Isabel Jonet, presidente e fundadora do Banco Alimentar.

Hugo Soares não fecha a porta a que saiam novidades destas jornadas, mas isso dependerá “das conclusões” que forem retiradas pelos deputados.

A presença do presidente do PSD, e primeiro-ministro, Luís Montenegro está guardada para o encerramento do encontro, já que, na segunda-feira, o primeiro-ministro recebe para almoço o seu antecessor. António Costa estará na residência oficial na qualidade de recém-eleito presidente do Conselho Europeu.

Metsola e Von der Leyen em Portugal

O grupo do Partido Popular Europeu (PPE) escolheu Portugal para se preparar para o próximo ciclo e juntará os seus 187 deputados eleitos e outros convidados em encontros até à próxima sexta-feira, a maioria à porta fechada.

O encontro contará com a presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, com a candidata do PPE à Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, para novo mandato, o líder PP espanhol e líder da oposição, Alberto Feijóo, e o ex-presidente da Comissão Europeia Durão Barroso.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e o primeiro-ministro, Luís Montenegro, também passarão pelo encontro. Do lado do Governo, estarão também o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, o ministro da Defesa, Nuno Melo, o ministro da Agricultura e Pescas, José Manuel Fernandes, e a ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho ― todos eles ex-eurodeputados.

Entre passagens de pastas, preparação dos próximos ciclos e afinações de estratégias, a direita nacional e europeia redefine-se entre a serra de Sintra e o Tejo. Se, para o PPE, o maior grupo no Parlamento Europeu, as jornadas são “um passeio”, para o PSD poderão servir para ganhar tracção e amparar o primeiro orçamento.

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