Ben Vautier (1935-2024), o artista que tentou rebentar a arte

Foi um dos protagonistas do marcante movimento antiarte Fluxus, mas, muito antes dele, já se esforçava por questionar o sistema da arte, troçando, entre outras coisas, da sua fetichização.

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Ben (Benjamin Vautier) ficou conhecido sobretudo pelos seus escritos, através dos quais pretendia questionar a arte ou aquilo que pode ser considerado arte Jean-Marc ZAORSKI/Getty Images
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A primeira e última vez que vimos Benjamin Vautier foi em 2018, no âmbito da terceira edição do festival de vídeo OVNi, em Nice (cidade onde vivia e trabalhava desde 1949). A iniciativa incluía, no seu programa, uma exposição colectiva que a inaugurara com a presença do artista francês, também conhecido apenas como “Ben”. Vimo-lo na companhia da mulher, Annie, rodeado de amigos e jovens artistas. De semblante cansado, mas bem-humorado, parecia, mais do que um artista, um verdadeiro espectador de tão animado e colorido rodopio. Esta não será uma descrição indevida do artista que morreu no passado dia 5, pondo termo à sua vida, horas depois da morte de Anne, vítima de acidente vascular cerebral (AVC).

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