Associação de jogos online avança com queixas-crime contra influencers

Influencers ritinhayoutuber, GODMOTA, Bruno Savate, Cláudia Nayara e Numeiro promoveram jogo ilegal junto de 2,8 milhões de seguidores.

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Associação alega que estes operadores são responsáveis por perdas de, pelo menos, 100 milhões de euros em impostos Rui Gaudêncio
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A Associação Portuguesa de Apostas e Jogos Online (APAJO) avançou com queixas-crime contra influencers que promoveram, nas redes sociais, jogo ilegal para milhões de seguidores e operadores.

"A APAJO avançou, nos últimos dias, com queixas-crime visando vários produtores de conteúdos que, no seu conjunto, promoveram através das redes sociais o jogo ilegal para uma audiência de alguns milhões de seguidores e operadores de jogo online sem licença para operar em Portugal", indicou, em comunicado.

Em causa estão os produtores de conteúdos ritinhayoutuber, GODMOTA e Bruno Savate, que promoveram websites de jogo ilegal, tendo sido denunciados e objecto de queixa-crime.

O mesmo aconteceu a Numeiro, que no final de 2023 também foi alvo de uma queixa, que recebeu agora um aditamento, e a Cláudia Nayara no início de 2024.

Segundo a associação, estas pessoas promoveram, através de links de afiliado, operadores sem licença, e lucraram com essa actividade.

A APAJO revelou que a lista de operadores alvo de queixa-crime no Ministério Público, que já incluía a Vem Apostar!, conta agora com Betify, Monro, Weiss, BC Game, Stake, Wolfi e Starda.

"Cada um destes encontra-se em situação ilegal e não pode actuar em Portugal, por falta de licenciamento", sublinhou.

No total, ritinhayoutuber, GODMOTA, Bruno Savate, Cláudia Nayara e Numeiro promoveram jogo ilegal junto de 2,8 milhões de seguidores.

"O combate ao jogo online ilícito pela via judicial e outras, tem de ser uma prioridade e o sector licenciado quer sinalizar a importância deste tema que ainda é bastante ignorado. Os operadores ilegais expõem provavelmente centenas de milhares de pessoas a ambientes de risco, acessíveis até a menores, sem quaisquer garantias de segurança", apontou, citado na mesma nota, o presidente da APAJO, Ricardo Domingues.

Por outro lado, referiu que estes operadores são responsáveis por perdas de, pelo menos, 100 milhões de euros em impostos, vincando que o jogo ilegal "é uma epidemia que importa extinguir".