António Costa, de besta a bestial, afaga os brios nacionais

António Costa desempenhou, até agora, várias funções políticas com êxito. Pode mesmo ser considerado o melhor político da sua geração e até em comparação com outras.

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Estava escrito nas estrelas e quando, finalmente, acontece, gera-se um simpático consenso e um inebriante orgulho nacional. Afinal, António Costa vai mesmo ser presidente do Conselho Europeu. E, ao liderar esta instituição europeia, passa a ser uma espécie de herói nacional. Perante tão alto posto ocupado por um português, os brios nacionais sentem-se afagados e celebram. De um momento para o outro, aquele que durante anos foi acusado de tudo, mais um par de botas, passa de besta a bestial. Com tanto aconchego patrioteiro, só falta mesmo a selecção portuguesa de futebol ganhar o Euro 2024. Passaríamos a celebrar três Cristianos Ronaldo, o próprio, o Ronaldo da Europa e o Ronaldo do Mundo, já que é bom incluir nesta celebração nacional António Guterres, secretário-geral da ONU.

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