A ameaça da extrema-direita em França: “É uma questão de vida ou de morte para muita gente”

Num comício da Nova Frente Popular em Ivry-sur-Seine, é a ameaça da extrema-direita que domina o discurso e justifica a união das esquerdas.

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Mathilde Panot, ex-líder parlamentar da França Insubmissa na Assembleia Nacional Teresa Suarez / EPA
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Conseguem imaginar a banda sonora de um comício de encerramento da campanha eleitoral da Nova Frente Popular? Aqui fica uma amostra da playlist, incompleta, mas ecléctica. De Macklemore (Hind’s Hall) a Beyoncé (Run the World), de Sidi Wacho (Grita Justicia) a Soolking (Suavemente). Neste largo da cidade de Ivry-sur-Seine, na periferia de Paris, no princípio da noite desta sexta-feira, tanto cabe o reggaeton como o rap. À diversidade musical corresponde a diversidade das centenas de pessoas que se acumulam em frente ao palco montado num pequeno camião branco da Mercedes. Há bandeiras da Palestina, poucas bandeiras da França Insubmissa, mensagens sindicais ou de associações de defesa dos direitos dos imigrantes, franceses de todas as cores e origens ou pessoas que querem ser francesas e ainda não o conseguiram. Os clandestinos que cantava Manu Chao. É a essa diversidade que se dirige Mathilde Panot.

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