Paul Lynch, o Booker de 2023: “A grande arte deve levar-nos ao lugar do silêncio”
Um “verme” instala-se numa família, numa cidade, num país. Uma criança dá esse nome ao que vê acontecer: a instalação de um Estado totalitário. Canção do Profeta chega a Portugal.
Procuram-se sinais da cidade em estado de sítio, território de guerra, de disputas entre um estado despótico que semeou mentiras e se estruturou no medo e um exército de rebeldes que quer repor a situação anterior, a de uma democracia moderna, frágil. As pontes não estão bloqueadas, o canal está livre, a água corre lenta no espelho do sol ao fim de um dia longo de Maio. É o primeiro dia quente em Dublin após um longo Inverno e só se fala disso. Mas o ambiente de Canção do Profeta tomou conta de quem o leu e percorre as ruas de pedra do centro.
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