Bastonário pede ao Governo que diga até Julho se vai manter ou não 500 psicólogos nas escolas

Segundo a Ordem, “há cerca de 500 psicólogos cuja continuidade nas escolas ainda não está assegurada e outros tantos que aguardam todos os anos por uma recondução”.

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Para a Ordem dos Psicólogos a saída de cerca de 500 psicólogos seria uma catástrofe para as escolas portuguesas Paulo Pimenta (arquivo)
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A Ordem dos Psicólogos Portugueses (OPP) pediu ao Governo que garanta até Julho a continuidade de cerca de 500 psicólogos a trabalhar nas escolas públicas, a tempo de se preparar o próximo ano lectivo.

O apelo surge numa carta aberta ao ministro da Educação em que o bastonário da OPP, Francisco Miranda Rodrigues, reitera um pedido de reunião com Fernando Alexandre, após ter-se reunido com cerca de 90 psicólogos das escolas públicas no início deste mês.

Segundo a Ordem, "há cerca de 500 psicólogos cuja continuidade nas escolas ainda não está assegurada, e outros tantos que aguardam todos os anos por uma recondução".

"Não podemos deixar de salientar que será importantíssimo que a informação sobre a respectiva continuidade saia a tempo de preparação do próximo ano lectivo (Junho/Julho)", afirmou o bastonário na carta aberta a que a Lusa teve acesso.

Na missiva, o bastonário transmite a sua "grande preocupação" face à necessidade de assegurar "a continuidade e qualidade das intervenções dos psicólogos junto da população escolar, garantindo que se cumpre a vinculação destes profissionais prevista no Orçamento do Estado".

O bastonário pede também a continuidade dos Psicólogos do Programa Nacional de Promoção do Sucesso Escolar.

A inclusão dos psicólogos neste programa representou uma medida extraordinária para mitigar os efeitos da pandemia, mas a sua relevância ficou demonstrada no relatório de balanço do programa, lembrou o bastonário.

Numa outra carta aberta enviada em Janeiro ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, Francisco Miranda Rodrigues já tinha alertado para a necessidade de o próximo Governo vincular os psicólogos nas escolas, evitando assim "uma catástrofe para as escolas portuguesas, como seria a saída de cerca de 500 psicólogos".

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