Bélgica não evita França nos oitavos-de-final

Frente aos belgas, ucranianos venderam cara a eliminação em Estugarda.

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O ucraniano Oleksandr Zinchenko e o belga Timothy Castagne no jogo em Estugarda Leonhard Simon / REUTERS
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Nos instantes que antecederam o apito final em Estugarda, um inconformado Sudakov teve nos pés o golo que poderia ter alterado radicalmente a história da Ucrânia no Euro 2024. Seria a diferença entre a eliminação da prova e o primeiro lugar do Grupo E. Mas o destino não foi condescendente com a equipa do Leste que não conseguiu desfazer o empate a zero bolas com a Bélgica, mantendo-se assim na cauda da classificação.

Com quatro pontos, os ucranianos abandonam a Alemanha com um sabor amargo, já que terminaram com uma prestação idêntica à dos seus adversários: um triunfo, um empate e uma derrota. O que colocou tudo em causa acabou por ser a inesperada e pesada derrota na partida inaugural com a Roménia (0-3).

Também com quatro pontos, mas na segunda posição, terminou a Bélgica, que não deixou de desiludir. Após a surpreendente derrota no jogo inaugural com a Eslováquia (0-1), que pôs fim a 17 encontros sem perder, o conjunto orientado por Domenico Tedesco fez esta quarta-feira mais uma partida pobre e pouco consentânea com a sua qualidade individual. Como castigo, ficou-se pelo segundo lugar, atrás da Roménia, e irá defrontar a poderosa França nos oitavos-de-final.

Os belgas começaram o encontro sem pressas e expectantes, já que o empate bastaria para seguir em frente. Os ucranianos cederam a iniciativa nos instantes iniciais e a bola foi circulando, mas sem grande perigo para a baliza defendida pelo benfiquista Trubin. A excepção foi um remate aos 7’ de Romelu Lukaku, depois de ultrapassar dois centrais.

Mas o avançado, o maior goleador de sempre da selecção, com 85 golos, não destoou da imagem que a Bélgica tem deixado nesta competição. Pouco inspirado, com dificuldade na definição e muito longe dos seus melhores dias. Teve oportunidades suficientes para marcar, especialmente quando servido por Kevin de Bruyne, um dos mais esclarecidos em campo.

Ao intervalo, estava tudo como no início, com empates nos dois jogos, o que ditava a saída da Ucrânia. Na realidade, a equipa esteve apenas 13 minutos na fase seguinte (entre os 24’ e os 37’), quando a Eslováquia ganhou vantagem frente aos romenos, no outro jogo, e antes de estes voltarem a empatar, de grande penalidade.

Nos oitavos sem deslumbrar, os belgas têm uma missão complicada frente aos franceses, um dos grandes favoritos da prova, no dia 1 de Julho, em Dusseldorf. Esta será também uma das partidas cabeça de cartaz do arranque da fase das eliminatórias. Especialmente atenta estará a selecção portuguesa que poderá encontrar o vencedor nos quartos-de-final, se lá chegar.

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