Mais 25 radares de velocidade entram em funcionamento em Julho

Dos 25 novos sistemas, 14 são de velocidade instantânea e 11 de velocidade média. Locais foram seleccionados com base nos registos de excesso de velocidade e sinistralidade.

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Os radares do sistema SINCRO, a funcionar há oito anos, permitiram uma "redução significativa" da sinistralidade ANTÓNIO COTRIM / LUSA
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O Sistema Nacional de Controlo de Velocidade (Sincro) vai passar a dispor de 25 novos radares no dia 6 de Julho, que se juntam aos 98 já existentes, anunciou a Autoridade Nacional para a Segurança Rodoviária (ANSR). Em comunicado, a ANSR explica que, dos 25 novos locais de controlo de velocidade, 14 são de velocidade instantânea e 11 de velocidade média.

Entre outros locais, os radares vão ser instalados no IC2 (Oliveira de Azeméis, distrito de Aveiro), A29 (Santa Maria da Feira, em Aveiro, e Vila Nova de Gaia, no Porto), IC1 (Santana da Serra, concelho de Ourique, distrito de Beja), IP3 (Coimbra), EN18 (Évora), EN125 (Albufeira, Faro), EN6-7 (Carcavelos e Parede, em Cascais), IC17 (Loures), A43 (Campanhã, Porto) e no IC1 (Poceirão e Marateca, em Palmela-Alcácer do Sal).

A ANSR explica que os locais dos novos radares (37 instalados em Setembro de 2023 e 25 a 6 de Julho) foram seleccionados com base no excesso de velocidade registada naqueles locais, que se revelou relevante para a sinistralidade grave. Nestes locais, nos últimos cinco anos, perderam a vida 115 pessoas, uma média de 23 vítimas mortais por ano.

Relativamente aos 37 radares que entraram em funcionamento em Setembro de 2023, nos locais onde foram instalados, as autoridades registaram três vítimas mortais, um valor que a ANSR diz ser "substancialmente inferior" à média dos últimos cinco anos. No total do sistema Sincro, a funcionar há oito anos, verificou-se uma "redução significativa" da sinistralidade nos locais onde foram instalados os radares: menos 36% de acidentes com vítimas, menos 74% de vítimas mortais, menos 44% de feridos graves e menos 36% de feridos leves.

A ANSR recorda ainda que, nos locais onde foram instalados os novos radares, se registou, face às medições efectuadas antes da sua instalação, "uma redução média muito expressiva no número de veículos em excesso de velocidade" (cerca de 90%), tendo as maiores reduções sido verificadas nos trechos abrangidos pelos radares localizados na EN101 em Guimarães, na EN206 em Fafe, no IC2 em Coimbra, no IP7 (Eixo Norte-Sul) em Lisboa e no IC17 (CRIL) em Odivelas.

A instalação destes radares permitiu aumentar o número de veículos fiscalizados. Nos primeiros cinco meses deste ano, em todo o sistema Sincro, foram fiscalizados 92.402.878 veículos, 1,8 vezes mais do que os 51.461.809 fiscalizados em igual período do ano passado.

Na nota, a ANSR lembra que tem adoptado uma política de total transparência na localização dos radares, divulgando antecipadamente os locais de instalação destes equipamentos, "maximizando a capacidade dos radares para salvar vidas, nomeadamente através da adopção de comportamentos adequados ao volante".

A este respeito, refere que a taxa de infracção (número de infracções relativamente a número de veículos fiscalizados) dos radares foi sempre reduzida — quando comparada com outros radares não-publicitados —, com 0,55% em 2018, o que representa menos de seis veículos por cada 1000 fiscalizados. Esta taxa continuou a baixar e, nos primeiros cinco meses de 2024, chegou aos 0,29%.

"A redução da sinistralidade, a redução de 90% no número de veículos em excesso de velocidade nos locais abrangidos pelos radares, a duplicação do número dos veículos fiscalizados e a redução para metade da taxa de infracção demonstram de forma inequívoca a eficácia dos radares do Sincro, contribuindo para o grande objectivo de salvar vidas", acrescenta a ANSR.

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