Sem dentes e com a língua de fora, Wild Thang foi eleito o “cão mais feio do mundo”

Participou nas edições anteriores do concurso que elege o cão mais feio, mas só agora ganhou. Os dentes nunca cresceram por causa de um vírus que contraiu com semanas de vida e que quase o matou.

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Wild Thang tem oito anos wildthangofficial/Instagram
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Estavam a concurso oito cães com forte potencial para receberem o título de “mais feio do mundo”, mas para o júri da feira Sonoma-Marin, em Petaluma, na Califórnia, não restaram dúvidas: Wild Thang, um pequinês de oito anos, foi o vencedor deste ano.

O cão já tinha concorrido nas edições anteriores, mas a malformação que tem numa das patas, a falta de dentes e a língua que está sempre caída para um dos lados da boca não foram suficientes para chamar a atenção do júri.

Mas na sexta-feira, dia 22 de Julho, tudo mudou. Wild Thang recebeu o título de cão mais feio do mundo e a dona, Ann Lewis, um prémio monetário no valor de 5 mil dólares (4662 euros).

Citada pela CNN, Fiona Ma, um dos elementos do júri, explicou que o cão era “o favorito dos fãs” do concurso, mas acabava sempre por ser ofuscado pela beleza (ou falta dela) de outros animais. Em 2023 ganhou o cão Scooter, que nasceu com as duas patas traseiras deformadas e precisa de uma cadeira de rodas para conseguir andar.

“Ele tocou-nos mesmo no coração e mereceu ganhar”, acrescentou Fiona Ma. Tal como os restantes sete cães que participaram na edição deste ano, Wild Thang foi resgatado e adoptado.

Segundo o jornal britânico Guardian, a aparência peculiar deve-se a um vírus conhecido como cinomose (ou esgana) que contraiu quando tinha dez semanas. A doença quase o matou e provocou-lhe sequelas permanentes, nomeadamente nos dentes que nunca se desenvolveram. É também por isso que a língua está sempre de fora e a perna direita da frente está consecutivamente a bater no chão. O pêlo é grande porque a dona nunca o cortou.

O objectivo do concurso, que acontece há quase 50 anos, passa por celebrar as imperfeições dos cães e promover a adopção responsável. Além da aparência, o concurso destaca ainda o trabalho dos cães nas comunidades onde vivem. Wild Thang ajudou a arrecadar dinheiro para retirar sete cães pequinês da Ucrânia que vivem agora em famílias de acolhimento temporário no Canadá e Estados Unidos. Outros cães visitam hospitais e lares de idosos.

Rome, um pug de 14 anos, foi o mais votado pelo público, mas o júri decidiu que ficaria em segundo lugar. De acordo com a biografia que está no site do concurso, “apesar das patas arqueadas adora sapatear para mostrar que está feliz”.

Daisy Mae, de 14 anos, ficou em terceiro. A cadela de raça indefinida viveu na rua até aos dois anos, perdeu parte do pêlo, dos dentes e da visão “mas ganhou amigos, confiança e muita coragem”, lê-se na sua biografia.

Na lista de participantes estava ainda um cão chamado Freddie Mercury que faz presenças em festas de aniversário e eventos desportivos na cidade de Petaluma, na Califórnia.

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