Áustria impôs-se aos Países Baixos e assumiu liderança do grupo

Neerlandeses já tinham garantido o apuramento, mas terão de contentar-se com o terceiro lugar, atrás de austríacos e franceses.

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Memphis Depay e Maximilian Wober em duelo no Países Baixos-Áustria Lisi Niesner / REUTERS
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A Áustria quebrou um tabu de 34 anos ao vencer (2-3) a congénere dos Países Baixos em jogo da terceira ronda do Grupo D, que ditou o apuramento dos três primeiros, ainda que com a surpresa de os neerlandeses terem baixado ao terceiro posto, deixando os austríacos no primeiro lugar, que garante o cruzamento com o segundo do Grupo de Portugal.

Num grupo em que Países Baixos e França já estavam qualificados, havendo boas probabilidades de a Áustria confirmar a passagem aos oitavos-de-final — só a Polónia tinha as malas feitas para regressar a casa —, faltava apenas a definição hierárquica e as respectivas implicações na dureza da caminhada na fase a eliminar.

No plano teórico, os neerlandeses partiam em vantagem. Mas bastaram seis minutos e o sétimo autogolo deste Europeu para alterar toda a narrativa. A Áustria, com uma entrada forte, surpreendeu um adversário que não disfarçou a tentação de gerir este jogo da terceira ronda.

O 4x1x4x1 neerlandês dava margem para os austríacos se assumirem, como estava planeado. Depois, a dinâmica do corredor esquerdo, com Prass e Wimmer, fez o resto, forçando o erro de Malen, que, na tentativa de cortar um cruzamento do lateral, marcou na própria baliza, convocando dúvidas e desconfianças que se reflectiram na produção imediata do jogo dos Países Baixos.

A Áustria sobreviveu, depois, a dois momentos de pura infelicidade de Reijnders (13’) e Malen (23’), com todas as condições para igualarem o marcador. A primeira parte reservou ainda um punhado de oportunidades (repartidas) que nenhuma equipa aproveitou, embora a Áustria pudesse alegar que o opositor não conseguiu qualquer remate enquadrado.

Assim, ao intervalo, a Áustria era a primeira do grupo, beneficiando do nulo do França-Polónia. Vantagem que durou apenas um minuto depois do descanso. Uma perda de bola ofereceu a Gapko a oportunidade de que o atacante neerlandês precisava para repor a ordem natural.

Mas a selecção de Ralf Rangnick não estava minimamente convencida nem intimidada, suportando a segunda vaga "laranja" antes de voltar à crista da onda com um golo de Schmid (59'). Curiosamente, o 900.º da história dos Campeonatos da Europa.

Vantagem que já não chegava para o triunfo no grupo, já que a França assumira, entretanto, o primeiro lugar... que promovia um duelo com o segundo do grupo de Portugal, nos "oitavos".

Para os Países Baixos começava a desenhar-se uma qualificação como um dos melhores terceiros classificados, com quatro pontos. Porém, Memphis Depay, que ainda não tinha marcado na Alemanha, repôs a igualdade, devolvendo o lugar de apuramento directo à selecção de Ronald Koeman.

O golo obtido aos 75 minutos seria confirmado pelo VAR um par de minutos depois de o árbitro eslovaco ter anulado o lance por mão (inexistente) de Depay. Mas o epílogo desta história ainda não tinha sido escrito.

E, logo depois de a Polónia ter devolvido o primeiro lugar aos Países Baixos, Sabitzer (80') provou que a Áustria não dependia de ninguém para repetir a história de 2020, seguindo em frente como vencedor do grupo.

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