Incêndio em fábrica de baterias na Coreia do Sul provoca 22 mortos

O incêndio, que já foi em grande parte extinto, destruiu uma fábrica gerida pelo fabricante de baterias Aricell, que armazenava cerca de 35 mil baterias de lítio — altamente inflamáveis.

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"Foi difícil entrar no edifício porque tínhamos medo de mais explosões", disse um oficial dos bombeiros locais Kim Hong-Ji / REUTERS
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"Foi difícil entrar no edifício porque tínhamos medo de mais explosões", disse um oficial dos bombeiros locais Kim Hong-Ji / REUTERS
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Uma forte explosão incendiou uma fábrica de baterias de lítio na Coreia do Sul esta segunda-feira, matando 22 pessoas, segundo o mais recente balanço das autoridades.

O incêndio, que já foi em grande parte extinto, destruiu uma fábrica gerida pelo fabricante de baterias Aricell em Hwaseong, um importante pólo industrial a cerca de 90 minutos a sudoeste da capital Seul. Cerca de 35 mil baterias de lítio — altamente inflamáveis — encontravam-se armazenadas no segundo andar da fábrica.

Uma testemunha contou à Reuters que viu os bombeiros retirarem pelo menos seis corpos da fábrica. Devido à intensidade do incêndio, os socorristas estavam a ter dificuldade em identificar os mortos, acrescentou Kim Jin-young, um oficial dos bombeiros locais​.

Dezoito trabalhadores chineses e um laociano encontram-se entre os mortos. A nacionalidade das restantes vítimas mortais ainda não foi confirmada, disse aos jornalistas Kim Jin-young, citando informações de funcionários da empresa.

Kim Jae-ho, professor de Prevenção de Incêndios e Catástrofes na Universidade de Daejeon, disse que provavelmente o fogo se tinha propagado demasiado depressa para que os trabalhadores pudessem escapar.

Kim Jin-young afirmou que uma testemunha disse às autoridades que o incêndio começou depois de as baterias terem explodido quando os trabalhadores as estavam a examinar antes do embalamento, mas frisou que "a causa exacta será investigada". O mesmo oficial dos bombeiros afirmou ainda que 102 pessoas estavam a trabalhar na fábrica antes do incêndio. A Reuters tentou contactar a Aricell mas não teve resposta.

"Foi difícil entrar no edifício porque tínhamos receio de mais explosões", disse Kim Jin-young, acrescentando que os bombeiros conseguiram apagar as chamas com "areia seca". As baterias de lítio são utilizadas em várias circunstâncias e suportes desde computadores portáteis a veículos eléctricos. Imagens difundidas pela agência noticiosa sul-coreana Yonhap mostram nuvens de fumo cinzento a elevarem-se sobre o edifício da fábrica devastado pelas chamas.

O Presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, pediu às autoridades locais que "mobilizassem todo o pessoal e equipamento disponível para se concentrarem na procura e no salvamento de pessoas". Pediu igualmente às autoridades no local para "garantirem a segurança dos bombeiros, dada a rápida propagação do incêndio".

O Ministro do Interior, Lee Sang-min, apelou às autoridades locais que tomassem medidas para evitar que quaisquer produtos químicos perigosos contaminassem os arredores.

Entretanto, os residentes da cidade de Hwaseong foram aconselhados a não abandonarem as residências devido à densidade do fumo.

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