Equipa nova, a mesma qualidade da Espanha

Com um grande golo de Ferrán Torres no minuto 13, os espanhóis derrotaram a Albânia e terminaram a fase de grupos do Euro 2024 só com vitórias.

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Os espanhóis festejam o golo de Ferrán Torres FRIEDEMANN VOGEL / EPA
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Pragmática e com qualidade. A Espanha entrou na terceira jornada do Grupo B do Campeonato da Europa já apurada e com uma equipa inicial (quase toda) nova. Porém, manteve o nível elevado dos dois primeiros jogos. Na Merkur Spiel-Arena, em Dusseldorf, os espanhóis tiveram pela frente a aguerrida Albânia, que ainda lutava pelo apuramento, mas repetiram a supremacia exibida contra a Croácia e a Itália. Num duelo em que os albaneses apenas num par de vezes incomodaram David Raya, Ferrán Torres fez o golo que assegurou a terceira vitória (1-0) espanhola.

Depois de despachar o “grupo da morte” do Alemanha 2024 com triunfos e exibições convincentes contra croatas e italianos, Luis de la Fuente fez o que se previa no duelo com os albaneses. Com o primeiro lugar no Grupo B assegurado, o experiente técnico, com raízes no País Basco, revolucionou quase na totalidade o seu “onze” - apenas Laporte manteve a titularidade -, construindo uma equipa com forte influência basca: Dani Vivian, Laporte, Merino, Zubimendi e Oyarzabal.

Do outro lado, o brasileiro Sylvinho, que como jogador fez carreira em Espanha – Celta e Barcelona -, tinha dito na antevisão que chegar ao derradeiro jogo da fase de grupos com possibilidades de apuramento era uma vitória para a Albânia, mas tentou repetir a fórmula que resultou em boas exibições nas primeiras partidas: manteve o 4x2x3x1, com uma mudança em relação ao último jogo - Balliu, que nasceu em Espanha e jogou no Arouca (entre 2013 e 2015) surgiu na direita da defesa. Porém, desta vez, os albaneses não tiveram argumentos para causar grandes problemas a um rival com outro estatuto.

Após meia dúzia de minutos iniciais em que o ímpeto albanês equilibrou o duelo, a Espanha meteu o jogo no bolso. Mesmo não tendo as principais armas, a "roja” manteve os seus princípios, conseguindo, com uma posse de bola objectiva e virada para a baliza contrária, colocar o rival preso numa teia.

Se para a Albânia a competência do rival colocavam a possibilidade de apuramento quase como uma miragem, um golo da Espanha no primeiro terço da partida foi quase uma sentença de morte para qualquer esperança albanesa.

Cerca de um minuto depois de Strakosha evitar que Merino inaugurasse o marcador, a classe de Ferrán Torres desfez o nulo em Dusseldorf: após uma grande assistência de Dani Olmo, o extremo rematou de primeira em arco, não dando hipóteses ao guarda-redes adversário.

O golo deu mais segurança à Espanha e retirou motivação aos albaneses, que passaram os primeiros 45 minutos a correr atrás da bola e, apenas em cima do intervalo, deram trabalho a Raya, que teve dificuldade para travar um remate de Asllani.

A segunda parte mostrou uma Espanha menos intensa, mas com a mesma supremacia até perto da hora de jogo, quando a Albânia começou a arriscar um pouco mais. Em resultado disso, Raya passou a ter mais problemas e, aos 64’, o guarda-redes do Arsenal evitou com uma grande defesa que Broja fizesse o empate.

A oportunidade motivou os adeptos e jogadores albaneses, mas, mesmo com o rival a tentar de todas as formas encontrar uma solução para chegar a um golo que reacendesse a esperança do apuramento, a Espanha, sempre de forma tranquila, não deixou fugir o registo 100% vitorioso na fase de grupos, algo que agora só Portugal pode igualar.

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