Recursos energéticos: a voragem insaciável do panda chinês

A passagem do domínio das actuais fontes de energia, como o gás e o petróleo, para outro tipo de energia que venha ser controlada pela China, pode dar-lhe a liderança no poder mundial.

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CFOTO/Future Publishing via Getty Images
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A energia é uma das causas ocultas de muitos conflitos mundiais e uma das razões remotas do protagonismo da China encontra-se, em parte, no aumento crescente das suas necessidades de combustíveis, que se acentuou exponencialmente depois da entrada, em 2001, na Organização Mundial do Comércio (OMC). As consequências deste movimento para a ordem económica mundial são de grande complexidade. Bastaram alguns anos para se dar uma mudança sísmica no padrão energético global, com impacto, por exemplo, “na geopolítica dos recursos minerais”: a China substituiu os EUA e a Europa, onde historicamente se concentrava a procura mundial de recursos energéticos. O momento não foi só disruptivo neste particular — foi um deflator das economias ocidentais, provocando o colapso das suas bacias industriais. O resultado está à vista, nomeadamente nas alterações do perfil dos eleitores ocidentais.

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