Fogo-de-artifício lançado de iate provoca incêndio florestal na Grécia

Primeiros dias de Verão na Grécia marcados por onda de calor e dezenas de incêndios florestais.

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Fase de rescaldo de um incêndio na península do Peloponeso, nesta sexta-feira Louisa Gouliamaki
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Treze pessoas foram detidas na Grécia depois de, na noite desta sexta-feira, 21 de Junho, terem disparado fogo-de-artifício de um iate e provocado um incêndio florestal na ilha de Hidra, no mar Egeu.

Segundo relataram os bombeiros de Hidra nas redes sociais, as chamas consumiram o único pinhal da pequena ilha, com uma área de 64 quilómetros quadrados, localizada a sudoeste de Atenas. O incêndio lavrou numa zona de difícil acesso, sem estradas, mas já foi dominado.

O uso de engenhos pirotécnicos pelos ocupantes do iate gerou uma onda de indignação na Grécia, que na primeira semana de Verão já combateu dezenas de incêndios florestais. Ainda nesta sexta-feira, um bombeiro voluntário de 55 anos morreu durante o combate aos fogos na península do Peloponeso, onde algumas aldeias tiveram de ser evacuadas.

"Pessoas ricas com mais dinheiro do que cérebro a destruir as nossas casas", lê-se num dos comentários à publicação feita pelos bombeiros de Hidra na rede social Facebook. "O fogo-de-artifício devia ser proibido", responde outra utilizadora.

Em declarações ao canal grego ERT, o autarca de Hidra, Giorgos Koukoudakis, admitiu levar o caso à justiça e assumiu a revolta por “algumas pessoas serem tão irresponsáveis ao ponto de dispararem fogo-de-artifício para um pinhal”.

As autoridades gregas anunciaram neste sábado, 22 de Junho, a detenção de 13 cidadãos, sem adiantar detalhes sobre as suas identidades. No início do ano, Atenas endureceu as penas para incendiários, que podem agora enfrentar até 20 anos de prisão e multas no valor máximo de 200 mil euros.

A protecção civil grega emitiu um alerta à população devido ao “risco muito elevado” de fogos florestais, alimentados por ventos fortes e altas temperaturas, em particular em Ática (onde se situa Atenas), na península do Peloponeso e na região Centro do país. Há um ano, uma onda de calor de duas semanas desencadeou uma série de incêndios que devastaram mais de 800 quilómetros quadrados e provocaram 20 vítimas mortais, incluindo duas crianças.

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