No coração da Europa, mostra-se um século de pintura figurativa negra

No Kunstmuseum Basel, a exposição When We See Us propõe uma viagem pela alegria e pela sensualidade das diásporas africanas. Até 27 de Outubro, na Suíça.

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To Live Long Is To See Much (Ritual Bathers III), de 2020, pintura do artista moçambicano Cassi Namoda, que vive entre Los Angeles e Nova Iorque. Esta é uma obra representativa do núcleo Espiritualidade cortesia do artista, Simões de Assis and Luce Gallery
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Enquanto andamos à volta das pinturas, enquanto as contemplamos, ouvimos música. Ouvimos sempre música, quase em surdina, de fundo. Melodias, batidas, ritmos, coros animados por vozes femininas e masculinas. Não dançamos, ainda. Defronte, aparece-nos o retrato de uma mulher reclinada num sofá colorido, que a artista guadalupina Elladj Lincy Deloumeaux nos deixou. E, ao lado, descobrimos Hommage aux Anciens Créateurs (A Tribute to Earlier Artists), de 1999, pintura do congolês Cheri Samba (um dos nomes da histórica exposição Magiciens de la terre, realizada no Centro Pompidou Paris, 1989). A música continua, breve, entrecortada, quase espectral. Com algum esforço, tentamos reconhecer vozes. Uma canta em português, mas não a apanhamos. As outras são mais familiares. Miriam Makeba, Harry Belafonte ou Sly Stone na companhia da sua multirracial família.

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