Hjulmand mantém Dinamarca na corrida e adia apuramento de Inglaterra

Harry Kane marcou cedo e ofereceu boas perspectivas de qualificação antecipada, mas o médio sportinguista tinha um míssil guardado para manter a candidatura aos “oitavos”.

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Hjulmand e Harry Kane marcaram no Dinamarca-Inglaterra Lee Smith / REUTERS
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Inglaterra e Dinamarca não foram, esta quinta-feira, além de um empate (1-1), imitando o resultado do Eslovénia-Sérvia, da segunda ronda do Grupo C do Euro 2024, um desfecho que deixa os ingleses muito perto dos "oitavos", com quatro pontos na liderança do grupo, embora o plano fosse resolver já o apuramento para gerir a terceira ronda frente aos eslovenos.

Para a Dinamarca, que fechará as contas do grupo frente à Sérvia, nada está perdido, com dois empates que lhe rendem um segundo lugar a par da Eslovénia, apesar de nos minutos finais da partida desta quinta-feira ter ameaçado saltar para o comando do marcador.

O equilíbrio marcou o primeiro quarto de hora, com a Inglaterra a tentar impor-se, mas a bater contra um conjunto bem articulado, apoiado num trio de centrais e numa dupla de médios mais fixos, dispositivo que assumia diferentes formas de acordo com o que o jogo pedia.

Eriksen preenchia e ligava todas as zonas no ataque, com os ingleses a procurarem a largura por Saka e Foden. O extremo do Manchester City deu o primeiro sinal de perigo em Frankfurt, mas seria Harry Kane a celebrar o primeiro golo da tarde (18’), surgindo oportuno para finalizar um lance em que Walker surpreendeu Kristiansen, abrindo uma linha de crédito que o avançado do Bayern Munique aproveitou.

A Inglaterra estava na frente, em excelente posição para se juntar à anfitriã Alemanha como segunda selecção apurada para os oitavos-de-final. Mas os dinamarqueses tinham uma perspectiva diferente deste duelo, depois do empate ante a Eslovénia na ronda inaugural, assumindo uma postura mais assertiva, com Wind a surgir mais perto de Hojlund e o sportinguista Hjulmand a libertar-se um pouco do fardo defensivo para aparecer a pressionar em zonas mais adiantadas.

E foi precisamente Hjulmand a estabelecer a igualdade (34’) num fulminante remate de meia distância que não deu possibilidade de reacção a Pickford na baliza dos ingleses.

A selecção britânica acusou o golpe e mostrou sinais de preocupante desorientação, o que a Dinamarca não conseguiu capitalizar nos dez minutos seguintes, antes da ordem de Artur Soares Dias para as equipas recolherem aos balneários.

O descanso foi positivo para a selecção dos "três leões", que antes de esgotar a primeira hora de jogo esteve muito perto de recuperar a vantagem: primeiro em nova hesitação defensiva da Dinamarca em que Saka ficou a centímetros de marcar. Depois num remate de Foden ao poste da baliza de Kasper Schmeichel.

O eco da bola no ferro acordou os dinamarqueses, que perante o crescimento de Saka destacaram Maehle da direita para a esquerda para tentar travar o extremo do Arsenal.

Insatisfeito com o esmorecimento súbito da equipa, Gareth Southgate assumiu uma posição radical, mudando o trio da frente de uma assentada, depositando todas as esperanças em Watkins, Eze e Bowen para os 20 minutos finais.

Uma revolução pouco silenciosa para os milhares de adeptos nas bancadas, que acabaram por encontrar motivos de discussão até ao próximo duelo, já que da decisão do seleccionador nada de objectivo resultou.

A Dinamarca acabou mesmo por cima, a desperdiçar duas ocasiões soberanas, com Bah a falhar em frente a Pickford.

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