YouTube testa função para acrescentar contexto aos vídeos, tal como acontece no X
Nova funcionalidade vai permitir a utilizadores acrescentar informação adicional aos vídeos publicados. Fase experimental está a decorrer apenas nos EUA, em inglês, para um grupo limitado de pessoas.
O YouTube começou a testar, nesta segunda-feira, 17 de Junho, a implementação de uma funcionalidade que permite acrescentar contexto a vídeos já publicados. O sistema aparenta ser semelhante às notas da comunidade que existem no X (antigo Twitter), a rede social de Elon Musk, desde 2021.
Num comunicado publicado no blogue oficial, a plataforma de partilha de vídeos anunciou que a “funcionalidade experimental” vai permitir, por exemplo, “clarificar quando é suposto uma canção ser de paródia, apontar quando uma nova versão de um produto a ser avaliado está disponível ou informar os utilizadores de quando imagens antigas estão a ser, de forma enganosa, apresentadas como se retratassem um evento recente”.
Para já, a nova função só vai estar disponível na versão mobile nos Estados Unidos, e em inglês. Também não vai estar, logo no princípio, aberta à participação geral: só um grupo restrito de pessoas “convidadas via email ou por notificação do Creator Studio”.
Quando o sistema for implementado, serão os utilizadores do YouTube a avaliar se uma determinada nota é “útil”, “algo útil” ou “inútil”. A partir daí, o algoritmo “considera essas avaliações e determina que notas são publicadas”
A equipa do YouTube explica no mesmo comunicado que vai contar, na fase experimental, com avaliadores externos à empresa – “as mesmas pessoas que dão feedback sobre os resultados de pesquisa do YouTube e as recomendações” – para verificar a utilidade das notas.
As opiniões sobre a eficácia das notas da comunidade do X, o sistema de combate à desinformação da rede social, não são unânimes. Há estudos que dizem não haver evidência que mostre que a introdução do sistema de verificação comunitário diminuiu “significativamente” o contacto dos utilizadores com desinformação. Indicam ainda que as “notas da comunidade podem ser demasiado lentas para reduzirem, de forma eficaz, o contacto com informação incorrecta no estado de difusão mais inicial”.