O casal de lésbicas tailandesas Vorawan "Beaut" Ramwan e Anticha "An" Sangchai está pacientemente à espera da aprovação da lei de casamento entre pessoas do mesmo sexo no seu país para poder cimentar a sua relação, após quatro anos juntas.
"Assim que a lei entrar em vigor, vamos assinar a nossa licença de casamento", disse Anticha, professora universitária. "Temos estado à espera disto há muito tempo."
Espera-se que o projecto de lei sobre a igualdade no casamento seja aprovado na leitura final, na Câmara Alta do Parlamento da Tailândia, esta terça-feira, segundo Wallop Tangkananuruk, presidente da comissão do Senado para o projecto de lei.
O projecto será então enviado ao rei para aprovação e entrará em vigor 120 dias após a sua publicação no Royal Gazette, fazendo da Tailândia o terceiro território da Ásia, depois de Taiwan e Nepal, a legalizar o casamento entre pessoas do mesmo sexo.
A nação do Sudeste Asiático, conhecida pela sua cultura vibrante e tolerância, há muito que é um destino popular para viajantes LGBTQ+.
Milhares de activistas LGBTQ+ reuniram-se para uma desfile pelas ruas de Banguecoque este mês, acompanhados pelo primeiro-ministro Srettha Thavisin, que veio vestido com uma camisola arco-íris para celebrar o Mês do Orgulho.
Para Anticha e Vorawan, a igualdade no casamento representa mais do que uma cerimónia. É um sinal de que a sua relação é reconhecida e tem as mesmas protecções legais do que as de casais heterossexuais, afirmaram.
"A aprovação desta lei é um movimento [social] que ultrapassa os limites impostos ao reconhecer a nossa existência", afirmou Anticha.
A lei também formaliza a sua capacidade de cuidar uma da outra legalmente, disse Vorawan.
"Dar-nos-ia uma maior sensação de segurança para as nossas vidas", disse a enfermeira de 32 anos. "É algo que nunca tivemos antes."