Rio Grande do Sul: e ainda há quem negue as alterações climáticas?

Andreia Azevedo Soares, jornalista do Azul, ajuda-nos a perceber o antes, o durante e o depois das inundações do Rio Grande do Sul.

A gravidade das inundações no Rio Grande do Sul, no Brasil, tem uma explicação óbvia: as alterações climáticas, amplificadas pelo padrão El Niño.

Uma equipa de cientistas do grupo World Weather Attribution confirma que as emissões de gases com efeito de estufa duplicaram a probabilidade de as inundações terem ocorrido. Não é possível ignorá-lo.

O que é preciso é prevenir que fenómenos como este tenham consequências tão trágicas. Melhorar a absorção de água pelos solos, evitar a impermeabilização excessiva do território ou travar a construção junto aos rios podem, por exemplo, ser algumas das soluções.

Mas, no Rio Grande do Sul, com o nível das águas a descer, este é o momento da limpeza, da reconstrução e do início do regresso a casa, ao que resta das casas e da região.

Os problemas são vários: aumentaram os casos de leptospirose, uma doença transmitida pela urina de animais infectados, a população atingida sofre com quadros de trauma, ansiedade e depressão e a desigualdade social também se extremou.

Andreia Azevedo Soares, jornalista do Azul, site do PÚBLICO dedicado à crise climática, ajuda-nos a perceber o antes, o durante e o depois das inundações do Rio Grande do Sul.


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