Confirmada reeleição de Cyril Ramaphosa como Presidente da África do Sul

Ramaphosa foi eleito na noite de sexta-feita com 283 votos na Assembleia Nacional do país e liderará um executivo formado por acordo de coligação chamado “Governo de Unidade Nacional”.

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O Presidente reeleito discursou no Parlamento depois da sua reeleição na noite desta sexta-feira. Nic Bothma / REUTERS
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A reeleição de Cyril Ramaphosa como Presidente foi confirmada numa votação realizada na noite de sexta-feira no Parlamento sul-africano, depois de o seu partido, o Congresso Nacional Africano (ANC), ter chegado a um acordo para um "Governo de Unidade Nacional" com a Aliança Democrática, de centro direita, assim como o conservador Partido Livre Inkatha e a Aliança Patriótica, de extrema-direita.

A votação realizou-se na primeira sessão da Assembleia Nacional, a câmara baixa do parlamento sul-africano, depois das eleições realizadas no país a 29 de Maio, na qual Ramaphosa obteve 283 votos, vencendo a concorrência de Julius Malema, líder do partido de extrema-esquerda Combatentes pela Liberdade Económica (EFF, na sigla inglesa), que contou somente 44 votos na votação.

Ramaphosa, no seu discurso ao Parlamento, disse estar "honrado" por lhe terem elegido Presidente, acrescentando que é "um prazer e um privilégio servir" novamente a "grande nação" da África do Sul.

"O facto de uma série de partidos que se opunham uns aos outros (...) terem decidido trabalhar em conjunto para obter este resultado deu um novo nascimento, uma nova era ao nosso país", disse ainda.

Foi a primeira vez que o ANC perdeu a maioria absoluta no parlamento sul-africano, que detinha desde as primeiras eleições livres de 1994, depois do fim do regime do apartheid que tinha ilegalizado o partido.

A perda da maioria absoluta deu-se, maioritariamente, devido à irrupção de uma nova força partidária: o partido uMkhonto weSizwe (MK), fundado pelo popular ex-Presidente sul-africano Jacob Zuma, que obteve 58 lugares nesta última eleição. O partido, que recusou coligar-se com o ANC enquanto for liderado por Cyril Ramaphosa, não esteve presente na sessão onde o Presidente foi eleito, alegando fraude eleitoral nas votações do passado dia 29 de Maio.

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