Canadiano que viveu na China declara-se culpado de roubar segredos à Tesla

Há um fabricante chinês que comercializa o mesmo equipamento cuja tecnologia foi “roubada” à empresa de Elon Musk.

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Veículos da Tesla, empresa fundada por Elon Musk, junto à fábrica norte-americana, no estado do Arizona Go Nakamura/REUTERS
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Um empresário canadiano, que viveu na China, enfrenta uma pena de até dez anos de prisão após se declarar culpado de roubar segredos industriais de um fabricante norte-americano de carros eléctricos, disse a justiça dos EUA.

De acordo com a imprensa do Canadá e dos Estados Unidos, trata-se da empresa canadiana Hibar Systems, especializada em linhas de montagem de baterias eléctricas para veículos, que foi adquirida em 2019 pela Tesla, liderada pelo bilionário Elon Musk.

O gabinete do distrito leste do estado de Nova Iorque do Ministério Público dos EUA disse, num comunicado divulgado na quinta-feira, que Klaus Pflugbeil, que tem também nacionalidade alemã, se declarou culpado.

A decisão permite a Pflugbeil evitar um julgamento criminal. O homem de 58 anos irá conhecer a sentença a 9 de Outubro, no tribunal federal de Central Islip, perto de Nova Iorque.

Klaus Pflugbeil e Shao Yilong, um alegado cúmplice actualmente em fuga, foram abordados no final de 2023 por agentes da polícia federal norte-americana (FBI) que se fizeram passar por industriais interessados em comprar os seus produtos.

Os dois homens são acusados de roubar segredos industriais e comerciais da Hibar Systems, incluindo “documentos e desenhos originais” sobre a tecnologia da empresa, para a qual trabalharam.

De acordo com o comunicado, Pflugbeil deixou a fabricante canadiana em 2020 para se juntar a uma empresa fundada na China por Shao Yilong, que fabrica e comercializa o mesmo equipamento cuja tecnologia foi "roubada do antigo empregador".

A sua confissão de culpa “demonstra que esta acusação leva rapidamente à justiça aqueles que se apropriam indevidamente da propriedade intelectual de empresas norte-americanas e que protege a nossa economia e a nossa segurança nacional”, disse o procurador federal Breon Peace.

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