Líderes do G7 comprometem-se a acelerar a transição dos combustíveis fósseis

Outro compromisso de política climática passa por “eliminar gradualmente a actual produção de energia a carvão nos nossos sistemas energéticos durante a primeira metade da década de 2030”.

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Presidente dos EUA, Joe Biden, reúne-se com a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, no segundo dia da cimeira do G7 em Savelletri, Puglia, Itália, esta sexta-feira Kevin Lamarque / REUTERS
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Os líderes das democracias desenvolvidas do G7 vão comprometer-se a acelerar a sua transição para longe dos combustíveis fósseis durante esta década, de acordo com o rascunho de uma declaração a ser emitida no final da cimeira em curso em Itália.

"A transição dos combustíveis fósseis para os sistemas energéticos será feita de uma forma justa, ordenada e equitativa, acelerando as acções nesta década crítica, para atingir o valor líquido zero até 2050, de acordo com a melhor ciência disponível", diz o documento que a Reuters teve acesso.

Outros compromissos em matéria de política climática incluem o compromisso de "eliminar gradualmente a actual produção de energia a carvão nos nossos sistemas energéticos durante a primeira metade da década de 2030".

Com o início da conferência das Nações Unidas sobre o clima, COP29, em Novembro, os líderes dos Estados Unidos, Canadá, Japão, Alemanha, França, Grã-Bretanha e Itália afirmaram que iriam apresentar planos nacionais "mais ambiciosos" para o clima, de acordo com a primeira versão da declaração.

O documento compromete-se a fazer um esforço colectivo para reduzir as emissões de metano em 75% até 2030, mas, numa secção que provavelmente irá perturbar os activistas ambientais, os líderes dão luz verde aos investimentos públicos em gás natural, um combustível fóssil poluente.

"Na circunstância excepcional de acelerar a eliminação da nossa dependência da energia russa, os investimentos apoiados pelo Estado no sector do gás podem ser adequados como resposta temporária, sujeitos a circunstâncias nacionais claramente definidas", lê-se ainda no documento.

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