Bolero, de Anne Fontaine: música, sem maestro
Anne Fontaine tem algumas boas ideias na sua biografia de Maurice Ravel, mas afoga-as numa respeitabilidade e num requinte demasiado convencionais.
Dentro do panorama do actual cinema francês, Anne Fontaine é das poucas cineastas a procurar um “meio-termo” entre o autoral e o popular (e é também das poucas a chegar com alguma regularidade ao nosso mercado). Bolero é uma boa prova desse meio-termo: trabalhando a partir de um estudo biográfico sobre o compositor francês Maurice Ravel, Fontaine assume ao mesmo tempo uma vertente de biopic de Hollywood à moda antiga e a busca formal de contar a história de Ravel de maneira impressionista e imagística como a sua música o era.
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