Françoise Hardy (1944-2024): “um tipo diferente de miúda ié-ié”

A icónica cantora e modelo, um dos símbolos da França dos anos 1960, morreu esta terça-feira. A sua saúde fora-se desintegrando nos últimos anos, o que a levou a defender publicamente a eutanásia.

Foto
Françoise Hardy numa praça em Milão, nos anos 1960 Mondadori Portfolio/Getty Images
Ouça este artigo
00:00
06:15

Exclusivo Gostaria de Ouvir? Assine já

Foi uma das vozes mais importantes e mundialmente reconhecidas do ié-ié, a versão francesa, projectada no início dos anos 1960, do rock e da pop de língua inglesa (muitas vezes traduzindo os maiores sucessos anglo-saxónicos, mas não só). E foi também um dos rostos mais visíveis e quiçá representativos da França de então: as suas colaborações com criadores de moda como Yves Saint-Laurent e Paco Rabanne, que nela encontraram uma musa, fizeram da rapariga nascida em Janeiro de 1944 numa França ainda sob a ocupação nazi um ícone internacional da moda. Mas este foi apenas o início da sua história: pouco mais tarde, tentará fugir da imagem de “boneca linda e triste” que se lhe colara (as palavras são do jornal Libération) e enveredar por um caminho artisticamente desafiante, com um grau talvez surpreendente de autonomia.

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.