Designer mexicano recicla anúncios eleitorais e transforma-os em sacos de pano

No último ano, Morales tem arrancado os banners, cortando-os, costurando-os e transformando-os em sacos, que vende por entre 100 e 600 pesos (entre 5 e 30 euros).

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O designer de moda mexicano Camilo Morales utiliza lixo eleitoral para produzir sacos e roupas no seu estúdio na Cidade do México Alexandre Meneghini/REUTERS
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O designer de moda mexicano Camilo Morales utiliza lixo eleitoral para produzir sacos e roupas no seu estúdio na Cidade do México Alexandre Meneghini/REUTERS
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O designer de moda mexicano Camilo Morales utiliza lixo eleitoral para produzir sacos e roupas no seu estúdio na Cidade do México Alexandre Meneghini/REUTERS
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O designer de moda mexicano Camilo Morales utiliza lixo eleitoral para produzir sacos e roupas no seu estúdio na Cidade do México Alexandre Meneghini/REUTERS
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O designer de moda mexicano Camilo Morales utiliza lixo eleitoral para produzir sacos e roupas no seu estúdio na Cidade do México Alexandre Meneghini / REUTERS
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O designer de moda mexicano Camilo Morales utiliza lixo eleitoral para produzir sacos e roupas no seu estúdio na Cidade do México Alexandre Meneghini/REUTERS
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O designer de moda Camilo Morales recicla tudo, de sacos de plástico de supermercados a restos de tecido, transformando-os em sacos, roupas e acessórios.

A sua mais recente matéria-prima são os anúncios em vinil das campanhas dos candidatos às eleições municipais, estaduais e federais do México, que ocorreram a 2 de Junho.

Entre os vencedores estava Claudia Sheinbaum, ex-presidente da Câmara da Cidade do México, que será a primeira mulher na presidência do país.

No último ano, Morales tem arrancado os banners, cortando-os, costurando-os e transformando-os em sacos, que vende por entre 100 e 600 pesos (entre 5 e 30 euros). “Esta época de eleições foi ridícula”, diz Morales. “Eles começaram [a colar cartazes] tão cedo.”

As bolsas mais baratas de Morales, vendidas sob a sua marca Rere, usam o fundo todo branco da maioria dos anúncios. O mais caro é uma colagem dos olhos fortemente sombreados de Clara Brugada, a candidata do partido no poder que deverá ser a próxima presidente da Câmara da Cidade do México.

“Eu dizia na brincadeira que os anúncios praticamente cresciam nas árvores”, conta Morales. “À noite, tirava um anúncio e, no dia seguinte, já estava lá outro no mesmo sítio.”

De acordo com a lei eleitoral, após o fim das eleições, os partidos políticos têm quatro dias para retirar a propaganda, e os trabalhadores estavam a removê-los na semana passada.

De acordo com Juan Manuel Nunez, professor da Universidade Iberoamericana, só na Cidade do México, estima-se que foram produzidas dez mil toneladas de lixo pela publicidade política destas eleições.

As faixas têm logótipos que as marcam como recicláveis, mas não é claro quantas foram realmente recicladas. “Apesar de serem promovidas como ecologicamente correctas, essas faixas e lonas são geralmente feitas de PVC, que pode levar centenas de anos para se decompor”, aponta Nunez.

Outros esforços para encontrar novos usos para os anúncios incluíram um utilizador do TikTok que se tornou viral por transformá-los em camas para cães e migrantes que os transformaram em tendas.

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