O Cortiçada Art Fest está de volta para celebrar a arte e a natureza do Centro

O festival que funde arte, arquitectura e natureza volta às paisagens do Centro entre 10 e 16 de Junho com um programa que se divide entre workshops, conversas e espectáculos.

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Menina dos Medos Rúben Silva
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Véu João Morgado
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Farol dos Ventos D.R.
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Magma Cellar D.R.
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Moongate D.R.
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Divide-se por Idanha-a-Nova, Oleiros, Pedrógão Grande, Proença-a-Nova e Sertã — os palcos do Cortiçada Art Fest. O festival, que já vai na sua 3.ª edição, arranca segunda-feira, dia a 10 e estende-se até 16 de Junho. Na programação, há workshops, conversas e espectáculos — onde a arte se funde com a natureza.

É no meio da paisagem que se encontram as obras de arte do Museu Experimenta Paisagem (MEP), fruto do projecto Landscape Together, que coloca obras de arte a fazer (permanentemente) parte da natureza. Estão espalhadas por vários municípios da região Centro e o objectivo é percorrer o roteiro para as visitar.

Por exemplo, podes encontrar Farol dos Ventos, Magma Cellar e Menina dos Medos em Proença-a-Nova; Moongate em Oleiros; e Véu na Sertã. Até 2026 vais ter ainda mais diversidade: as obras dos alemães KHBT, que se vão inaugurar em Pedrógão Grande e a do colectivo francês Yok Yok, em Salvaterra do Extremo. Assim que estiverem prontas, todas as obras vão ter um QR code com informação sobre a história do património e programas educativos e desafios para quem está de passagem.

No Cortiçada Art Fest, as grandes apostas vão acontecer no sábado, dia 15. O dia começa em Proença-a-Nova,​ com o workshopForest Bath” (“Banho de Floresta”, em português). Esta actividade explora uma parte do trilho cultural da Menina dos Medos, atravessa as margens do Rio Ocreza e visita de canoa a obra que dá o nome ao percurso.

A tarde oferece uma refeição preparada pela comunidade local com produtos regionais e, pelas 17h, está agendado o espectáculo da companhia de dança vertical Dimegaz, no Farol dos Ventos, obra do atelier MAG na Serra das Talhadas (entrada através da aldeia de Chão do Galego). Mais tarde, há danças néon de Ane Zelaia, junto à obra Magma Cellar, do mesmo atelier.

Em parceria com o museu espanhol Chillida Leku, do País Basco, o MEP apresenta nos primeiros dias (10 e 11 de Junho) workshops e conversas, guiadas pelo tema “O lugar e a obra de arte”, com YokYok e KHBT em Idanha-a-Nova e Pedrógão Grande, respectivamente.

Este ano, as conversas no Cortiçada Art Fest” têm data marcada para 14 e 16 de Junho e vão abordar temas como “as políticas da UE para apoiar a transição verde dos sectores culturais”, com a italiana Mariachiara Esposito, especialista da área na Comissão Europeia, ou o “papel da mediação e dos programas de aprendizagem no fortalecimento da relação entre pessoas, lugares e cultura”, com Catarina Távora, da Orquestra Sem Fronteiras, e João Pinharanda, director do MAAT.

E quem fala de natureza, fala de sustentabilidade. Por exemplo, no dia 13 de Junho, às 21h em Proença-a-Nova, vai ser exibido o documentário Ibaia ez da toki bat (O rio não é um lugar, de Beñat Iturrioz e Nagarote Legarreta, para se mostrar a relevância do rio para a agricultura, indústria e criação de gado, mas também para o lazer e para a relação afectiva estabelecida entre as pessoas.

A participação no festival e a estadia são gratuitas, mediante inscrição e pagamento de uma caução reembolsável (lotação limitada). No entanto, para os curiosos que quiserem dar uma vista de olhos, há actividades abertas ao público que não estão sujeitas a inscrição prévia.

Texto editado por Inês Chaíça

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