Cinco mistérios sobre Camões

Do nascimento até à morte, a vida do poeta português está rodeada de incógnitas.

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O mais antigo documento em que surge mencionado o nome de Luís Vaz de Camões é uma carta de perdão de 1553, guardada na casa forte da Torre do Tombo, em Lisboa. Camões esteve preso na Cadeia do Tronco por agredir uma pessoa num dia de procissão solene em Lisboa, no Dia de Corpo de Deus. O poeta feriu um homem no pescoço, “junto dos cabelos do toutiço”, como se lê no documento. A vítima, Gonçalo Borges, perdoou-o um ano depois e este saiu em liberdade, rumo à Índia.

O que não se sabe sobre este episódio é a razão do perdão e se Camões tinha amigos influentes, na corte, capazes de convencer o rei a libertá-lo. No mesmo documento, Camões é descrito como "mancebo e pobre que vai servir o rei para a Índia”. Isabel Almeida, professora e especialista em literatura portuguesa dos séculos XVI e XVII, explica alguns mistérios em torno de Luís Vaz de Camões, através da escassa documentação que resistiu até aos dias de hoje.