Rússia inclui antiga primeira-ministra ucraniana na lista dos mais procurados

Iulia Timoshenko, antiga governante ucraniana, é oficialmente procurada, segundo um comunicado publicado na base de dados do Ministério do Interior russo.

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Yulia Tymoshenko, antiga PM ucraniana, é agora procurada pela Rússia VALENTYN OGIRENKO / REUTERS
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O Ministério do Interior russo incluiu, esta sexta-feira, a antiga primeira-ministra ucraniana Iulia Tymoshenko na lista russa de pessoas mais procuradas por acusações criminais, mas as autoridades não deram mais pormenores.

"Yulia Vladimirova Tymoshenko é procurada ao abrigo de um artigo do Código Penal”, lê-se num comunicado publicado na base de dados do Ministério do Interior russo e divulgado pela agência noticiosa russa TASS.

Timoshenko foi primeira-ministra da Ucrânia por duas vezes, em 2005 e de 2007 a 2010 e ficou conhecida pelo seu papel na Revolução Laranja em 2004.

No final de 2011, Iulia foi condenada a sete anos de cadeia por desvio de fundos e abuso de poder. No entanto, os processos foram vistos pela UE como uma perseguição movida por Ianukovich e a libertação de Iulia foi considerada imprescindível para que a Ucrânia assinasse um acordo com Bruxelas.

A ucraniana ainda apontou para a presidência, em 2014, mas sem sucesso.

Em 2022, Timoshenko disse ao jornal Repubblica que Putin era um "bárbaro e fascista que incentivou a eliminação de idosos, mulheres e crianças".

É prática comum de Moscovo emitir buscas, principalmente para políticos ucranianos, como foi o caso da adição de Zelensky à lista em Maio passado. Os acrescentos à lista de procurados são mais frequentes desde a invasão da Rússia à Ucrânia, que se iniciou em 2022.