Martínez crê que o único ponto negativo frente à Croácia foi o resultado

O seleccionador português defende que Portugal fez um bom jogo, tal como Nélson Semedo, que argumentou até que a selecção é injustiçada e que só daqui a uns anos será valorizada pela opinião pública.

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Roberto Martínez, seleccionador nacional RODRIGO ANTUNES / LUSA
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Para o seleccionador português, a derrota deste sábado frente à Croácia foi um jogo com “muitas, muitas notas positivas”. “O que falhou foi o resultado. É o único ponto negativo”, acrescentou, após a partida, dizendo que o objectivo não era o resultado, mesmo que a selecção queira sempre ganhar.

As notas positivas foram, para Roberto Martínez, “dez cantos e um golo muito bem trabalhado”, além de alguns objectivos individuais conseguidos, como os 90 minutos de Bernardo, o desempenho de Diogo Costa e os minutos dados a Matheus Nunes.

Apesar de a equipa ter sofrido muito frente aos croatas, Martínez crê que “para a preparação foi um jogo muito positivo e perfeito para melhorar e preparar o torneio” e que depois dos primeiros 20 minutos a equipa até reagiu bem: “A nossa atitude e empenho ajudaram-nos a reagir nos últimos 60 minutos, com muitas notas positivas. Agora somos mais fortes do que antes do jogo”. “Gostei muito da atitude da equipa. Trabalhámos muito, muito bem. Nunca perdemos o foco”, disse ainda.

Martínez lembrou também que o que pediu aos jogadores a nível táctico foi exigente. “Pedi à equipa muita exigência táctica, porque queríamos ganhar a bola alto e rapidamente contra uma equipa tecnicamente superlativa”, analisou.

O treinador espanhol acha que os golos sofridos pela selecção nos últimos jogos não são uma fraqueza específica, mas sim “falta de sincronização e ligação”.

Semedo acha que a selecção é injustiçada

Já Nélson Semedo optou por uma retórica assente numa injustiça que crê estar a ser cometida contra a selecção nacional. “Isto é um jogo de preparação e o objectivo é preparar (...) fizemos uma qualificação perfeita e se calhar daqui a uns anos vão dar mais valor a isso. Há que acreditar depois das vitórias e das derrotas também. As pessoas tendem a ver mais os aspectos negativos, mas nós no balneário acreditamos em nós”, argumentou. E concluiu: “Fizemos um bom jogo apesar da derrota e criámos muitas oportunidades”.

Vitinha também falou de uma injustiça, mas por parte da equipa de arbitragem. “O penálti deu outro ânimo à Croácia e o jogo poderia ter sido diferente. Mudou a parte anímica (...) para mim, não era penálti”.

Apesar das queixas, Vitinha, Semedo e também Diogo Jota reconheceram que há coisas a melhorar. Jota disse mesmo que “a perder que seja agora”. “Fica aqui um bom teste frente a uma grande equipa”, ideia sublinhada por Vitinha, que apontou que “temos de ver o que fizemos de errado e corrigir (...) jogos particulares são para nos prepararmos”.

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