Liliana Cá conquista medalha de bronze nos Europeus de atletismo

Em Roma, a atleta portuguesa não lançou o seu melhor, mas nem precisou disso para ficar confortavelmente num lugar de pódio. É o grande resultado da carreira da atleta de 37 anos.

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Liliana Cá, atleta portuguesa DIEGO AZUBEL / LUSA
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Foram 64 metros e 53 centímetros que deram, neste sábado, à portuguesa Liliana Cá, a medalha de bronze do lançamento do disco nos Europeus de atletismo.

Para Cá, será justo dizer que o melhor ficou guardado para o fim. Primeiro, porque o dia português nos Europeus não estava a correr bem até esta prova nocturna. Depois, porque após várias participações de valor em grandes competições, com top 10 em Jogos Olímpicos, Europeus e Mundiais, foi preciso esperar pelos 37 anos para a atleta do Sporting chegar a uma medalha numa competição de primeira água.

Neste sábado, em Roma, a lançadora portuguesa não lançou o seu melhor – nem recorde pessoal nem máximo de temporada, conseguido na qualificação –, mas não precisou disso para ficar confortavelmente num lugar de pódio, já que a distância para o ouro foi grande, mas a vantagem para quem ameaçava as medalhas também foi considerável.

A atleta do Sporting melhora, assim, o quinto posto de Munique, em 2022, e leva para casa a sua primeira medalha em Europeus.

E nada disto foi surpreendente – pelo menos para a atleta. Liliana Cá tem tido alguns problemas físicos, mas está, neste momento, a recuperar a melhor forma. E foi nesse sentido que previu, depois da qualificação para a final, que algo grande poderia acontecer. "Eu sei o que treinei. Talvez tenhamos uma medalha".

A lançadora não se enganou e conquistou um grande resultado, tal como Irina Rodrigues, que não chegou às medalhas, mas terminou o concurso em quarto lugar, com 62,76 metros. O ouro foi para a croata Sandra Elkasevic, que superou os 67 metros, e a prata para Jorinde van Klinken, que ficou a um centímetro dos 66.

Um pé descalço

De resto, o sábado dos portugueses nos Europeus de atletismo não foi fulgurante. Em Roma, os atletas nacionais em prova somaram, de forma global, resultados modestos, apesar de duas excepções.

Lorène Bazolo qualificou-se para as meias-finais dos 100 metros e vai correr o acesso à final com a segunda pior marca entre as apuradas.

Os 11,35 segundos permitem à velocista do Sporting, recordista nacional, chegar a um lote de 14 atletas no qual não estarão Rosalina Santos e Arialis Martínez, ambas eliminadas na qualificação.

Além de Bazolo, o outro sucesso chegou por parte de Omar Elkhatib, que conseguiu juntar-se a João Coelho, já apurado directamente, nas meias-finais dos 400 metros. Nessa distância, Cátia Azevedo não conseguiu ser feliz em Roma, acabando eliminada.

Nos 3000 metros obstáculos, Etson Barros perdeu um sapato e correu descalço até à meta, acabando a meia-final em dificuldades. Também sem sucesso foi a tarde de Gerson Baldé, que não teve nenhum salto válido no comprimento.

Também Francisco Belo teve uma participação modesta no lançamento do peso, com os 19,74 metros, na primeira tentativa, a valerem o 10.º lugar.

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