Sara Inês Gigante quer ser popular

Ensanduichado entre a cultura de massas e a erudita, Popular coloca-nos diante de estereótipos, conflitos e busca por aprovação. Estreia-se a 7, em Guimarães, segue depois para Viseu e Lisboa.

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Filipe Ferreira
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Há uma música épica no ar, a prometer uma entrada em palco inesquecível, sob um coro de gritos eufóricos e juras várias de que algumas vidas não se irão recompor deste zénite emocional. A música promete, as luzes garantem o espalhafato e do nada surge um camião que toma o palco. Um pequeno camião, esclareça-se. Não tão pequeno que caiba numa mão, não tão grande que exija uma carta de condução de pesados. Lá em cima chega Sara Inês Gigante, a viver o seu momento de glória e a saudar, de pronto, a multidão que a espera. “Boa noite, Coliseu!” Logo a seguir, enfim, repara que não está nem no Coliseu, nem numa festa popular. Mais do que no Centro Cultural Vila Flor, Guimarães (esta sexta-feira, dia 7 de Junho), no Teatro Viriato, Viseu (14), ou no Teatro Meridional, Lisboa (20 a 30), Sara Inês Gigante está num lugar de tensão e fricção, entre a cultura popular e a cultura dita erudita. Querendo pertencer às duas, querendo ser popular e agradar às massas, sem ter de prescindir da sua verdade artística. Assim é Popular.​

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