A Europa dos filisteus

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No próximo domingo, os cidadãos de todos os membros da União Europeia vão decidir por sufrágio universal directo a composição do Parlamento Europeu. Aparentemente, cumpre-se um acto impecavelmente democrático. Mas onde é que existe um povo europeu, soberano, para outorgar toda a legitimidade a essa instituição? E um espaço público europeu, onde está ele, para que as eleições não sejam uma mera formalidade com aparência democrática? Sabem os eleitores, porventura, mesmo os mais informados, em quem votam e para quê? Não desconhecem eles quase completamente os “grupos políticos” europeus onde se integram, tantas vezes por manobras manhosas, os partidos nacionais? Do ponto de vista político, a União Europeia é uma entidade exemplar do “faz-de-conta”. A mentira, por palavras ou omissões, é o seu modo de vida e o “poder constituinte” que nunca teve.

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