Político da AfD ferido durante ataque em Mannheim
Heinrich Koch foi atacado por um jovem que estaria a rasgar cartazes do partido. Foi atingido numa orelha e na barriga, mas está fora de perigo. Atacante sofre de doença mental e foi internado.
Um político local do partido de direita radical Alternativa para a Alemanha (AfD) terá sido ferido na terça-feira num ataque com faca em Mannheim, no estado alemão de Baden-Württemberg, de acordo com a agência noticiosa alemã dpa.
De acordo com um dos líderes da AfD, Tino Chrupalla, o militante atacado terá sido Heinrich Koch, candidato ao conselho local da cidade do Sul da Alemanha. Koch terá sido atacado ao confrontar uma pessoa que estava a tentar rasgar cartazes do partido, de acordo com a dpa. O ataque terá ocorrido na Praça do Comércio, em Rheinau.
Segundo o líder no estado federado da AfD, Markus Frohnmaier, em declarações ao jornal alemão Die Zeit, o ataque terá sido gravado e, no vídeo supostamente filmado pelo candidato esfaqueado, pode ver-se uma pessoa na faixa etária dos 20 anos com vários cartazes da AfD debaixo do braço. A pessoa, segundo Frohnmaier, tinha também um x-acto, que terá utilizado depois para realizar o ataque.
O incidente ocorre poucos dias depois de um outro ataque à facada numa manifestação anti-islâmica, em que um polícia acabou por morrer. De acordo com a AfD, o autor do esfaqueamento terá sido detido pouco depois do incidente, informa a mesma agência.
A secção local da AfD afirmou que o político ferido está no hospital e que o autor do ataque poderá ser um activista radical de esquerda, segundo acrescenta a dpa. Entretanto, novas informações veiculadas pelo partido indicam que Heinrich Koch levou pontos na cabeça e tinha um corte na barriga, mas não está em perigo de vida. O Die Zeit especifica que os ferimentos na zona da cabeça afectaram uma orelha.
"Estamos chocados e consternados", disse Markus Frohnmaier. O partido procurou retratar o ataque como parte de uma campanha de extremistas de esquerda contra membros da AfD. Mas a polícia — que numa fase inicial tinha recusado especificar a natureza do ataque, confirmando apenas que havia uma operação policial em curso — disse que não havia provas concretas de que o suspeito soubesse que estava a atacar um político da AfD.
Fontes policiais admitem que encontraram "indícios claros de doença mental" do atacante, que, após a detenção, ficou internado na ala psiquiátrica de um hospital.