Israel fecha acordo com EUA para compra de mais 25 F-35
Negócio avaliado em mais de 2,7 mil milhões de euros.
O Ministério da Defesa de Israel anunciou na terça-feira que fechou um acordo com os Estados Unidos para a compra de 25 caças F-35 adicionais, à empresa de armamento norte-americana Lockheed Martin, por “cerca de três mil milhões de dólares” (pouco mais de 2,7 mil milhões de dólares).
A aquisição destes aviões de combate, que deverão elevar para 75 o número de F-35 em uso no Exército israelita, devem ser entregues em 2028 ao ritmo de “três a cinco aeronaves por ano”, detalhou o Ministério de Defesa israelita, em comunicado.
O anúncio surge num contexto de tensões entre o executivo do Presidente norte-americano, Joe Biden, e o do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, depois de quase oito meses de guerra entre o movimento islâmico palestiniano Hamas e Israel ter devastado a Faixa de Gaza.
A 8 de Maio, o Presidente democrata causou surpresa ao anunciar que pararia as entregas de determinadas armas a Israel, país do qual os Estados Unidos são o principal apoiante militar, em particular "munições de artilharia", no caso de uma grande ofensiva militar contra a cidade de Rafah, no Sul da Faixa de Gaza.
Desde então, o Exército israelita avançou com a operação nessa cidade, para retirar oficialmente os batalhões do Hamas ali concentrados, e os responsáveis norte-americanos defenderam que Israel teve em conta as observações e a relutância expressas por Washington face a uma operação de grande envergadura.
“Numa altura em que alguns dos nossos adversários tentam minar os nossos laços com o nosso maior aliado, tudo o que estamos a fazer é reforçar ainda mais a nossa aliança”, realçou o ministro da Defesa israelita, Yoav Gallant, citado no comunicado.
Israel é o único país do Médio Oriente que possui F-35, considerados os caças mais capazes do mercado. As forças israelitas receberam os dois primeiros dispositivos em 2016.
O Exército israelita, que realizou centenas de ataques na Síria desde o início da guerra neste país em 2011, a maioria visando alvos iranianos ou o movimento islamista libanês Hezbollah, congratulou-se em 2018 por ter realizado os “primeiros ataques operacionais no mundo com um F-35”, sem contudo especificar em que teatro de operações.