Ministra oferece mais 300 euros aos polícias pagos em três anos

Proposta foi apresentada por Margarida Blasco depois de um primeiro valor ter sido rejeitado pelos sindicatos.

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A ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, está a receber as associações de polícias esta tarde ANTÓNIO COTRIM / LUSA
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Na quarta ronda de negociações entre os sindicatos da PSP e associações sindicais da GNR, que decorre esta terça-feira, a ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, apresentou uma segunda proposta que passa por juntar mais 300 euros aos 100 euros que os polícias já têm de subsídio de risco, depois de uma primeira proposta ter sido rejeitada.

Porém, este valor não será todo pago de uma vez. Ao que o PÚBLICO apurou, a nova proposta passa por pagar mais 200 euros mensais a partir de 1 de Julho próximo, sendo um segundo aumento, de 50 euros, remetido para 1 de Janeiro de 2025 e um terceiro aumento, do mesmo montante, para Janeiro de 2026. E não haverá retroactivos. Escassas horas antes, a governante tinha proposto apenas mais 230 euros pagos em dois anos, que foram rejeitados pelas associações.

A primeira reunião foi com os sindicatos da PSP, tendo a Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP) apresentado uma contraproposta para que fossem pagos 250 euros este ano e 50 euros em 2025. Porém, esta não é uma proposta consensual entre todas as estruturas representativas das forças de segurança. A ministra pediu tempo e suspendeu a reunião por 30 minutos, período ao fim do qual se juntaram à reunião as associações sindicais da GNR. Ao mesmo tempo, o mais recente sindicato da PSP, a Associação Sindical Autónoma de Polícia - Asapol abandonava as negociações.

Trata-se da quarta reunião negocial entre Margarida Blasco e os seis sindicatos da Polícia de Segurança Pública e as cinco associações da Guarda Nacional Republicana.

Na última ronda de negociações, a ministra da Administração Interna propôs alterar o suplemento por serviço e risco nas forças de segurança que já existe na vertente fixa de 100 para 280 euros, um aumento de 180 euros, e manter a vertente variável de 20% do ordenado base.

Os sindicatos da PSP e associações da GNR saíram dessa reunião desagradados com a proposta apresentada por Margarida Blasco, porque consideraram o valor apresentado muito baixo. Em resposta, a plataforma dos sindicatos da PSP e associações da GNR havia apresentado ao Governo uma contraproposta para que o suplemento salarial que cobre o risco profissional aumentasse 300 euros este ano e outros 300 em 2025, passando dos actuais 100 para 700 euros.

Actualmente, o suplemento por serviço e risco nas forças de segurança inclui uma componente fixa de 100 euros e uma variável de 20% do salário base.

Desde que começaram as negociações, em Abril, que o Governo apresentou três propostas de suplementos aos polícias.

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