Jovem morre esfaqueado durante discussão em Fátima. PJ já está a investigar

O esfaqueamento terá ocorrido na sequência de uma discussão entre um grupo de cidadãos estrangeiros, tendo sido feridos mais cinco indivíduos, três deles com gravidade.

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A PJ está a investigar o crime Daniel Rocha
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A Polícia Judiciária (PJ) de Leiria está a investigar a morte de um jovem de 25 anos que ocorreu na madrugada de domingo, em Fátima, na via pública, depois de ter sido esfaqueado. O esfaqueamento terá ocorrido na sequência de uma discussão entre um grupo de cidadãos estrangeiros, tendo sido feridos mais cinco indivíduos, três deles com gravidade, segundo apurou o PÚBLICO.

De acordo com a Lusa, o óbito do jovem foi confirmado no local, tendo o corpo sido transportado para o Gabinete de Medicina Legal de Tomar.

Segundo fonte do Comando Sub-Regional de Emergência e Protecção Civil do Médio Tejo, o alerta foi dado pelas 1h13 horas para uma discussão de um grupo de pessoas com um esfaqueamento na via pública. Estiveram no socorro 22 operacionais, apoiados por 11 veículos dos bombeiros, Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER), GNR e Polícia Judiciária.

Já o adjunto de comando dos Bombeiros Voluntários de Fátima, André Maurício, também confirmou que foi por volta da 1h13 que viram um "aglomerado de pessoas numa discussão quase em frente ao quartel", que fica a poucos metros do posto da GNR de Fátima. "Quando nos apercebemos de que havia uma vítima no chão, deslocámo-nos ao local e accionámos os meios da ocorrência", acrescentou, explicando que a vítima apresentava ferimentos de arma branca.

O presidente da Junta de Freguesia de Fátima, Humberto Silva, por sua vez, expressou preocupação com a insegurança, na sequência da morte de um imigrante na madrugada de domingo após uma discussão na via pública. "Eu sinto-me preocupado. Somos uma cidade turística, os turistas [que] vêm a Fátima e os peregrinos [que] vêm a Fátima gostam de sossego, sentem-se aqui bem", afirmou Humberto Silva, manifestando aflição com "estas perturbações".

Humberto Silva adiantou ainda existirem vídeos nos quais é possível ver "em plena rua" pessoas "a passarem no meio das esplanadas" e, embora já fosse tarde, "mesmo assim, ainda estavam pessoas nas esplanadas".

Num dos dois vídeos a que a Lusa teve acesso, alegadamente relativos aos incidentes na madrugada de domingo, vê-se cerca de 30 pessoas a correrem na rua Jacinta Marto, algumas das quais munidas de paus. "Estou preocupado com esta situação. Começamos a ser a cidade dos tumultos", reiterou o autarca, sublinhando que já ocorreram outros episódios, "mas não com esta gravidade".

O autarca alega que estas situações já foram reportadas à Guarda Nacional Republicana (GNR) e Polícia Judiciária (PJ). Para o autarca, as condições em que vivem os imigrantes podem potenciar conflitos. "Viverem 30 pessoas numa casa com capacidade para cinco ou seis, já se sabe como é que é", referiu Humberto Silva.

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