Há mais alunos inscritos nos exames este ano. Português volta a ser a prova mais concorrida

Este é um ano de transição entre as regras que vigoram desde a pandemia e o novo regime dos exames nacionais. Há 156 mil alunos inscritos, mas, por comparação, menos querem ir para a universidade.

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Os exames nacionais do secundário arrancam a 14 de Junho com a prova de Português José Fernandes/Arquivo
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O número de alunos inscritos nos exames nacionais do Ensino Secundário voltou a crescer neste ano, aproximando-se dos números pré-pandemia: 156.667 estudantes vão fazer, pelo menos, um exame nacional. No entanto, apesar de o número de inscritos ter crescido mais 4,6% face ao ano passado — quando se inscreveram nestas provas 149.686 alunos —, a percentagem dos que pretendem candidatar-se ao ensino superior desce ligeiramente, segundo revelam os dados divulgados nesta segunda-feira pelo Ministério da Educação. No ano passado, 59% dos alunos (88.436) revelava querer ir para a universidade; neste ano, 89.715 diz querer fazê-lo, representando 57% do total de inscritos.

Este será um ano de transição entre as regras que vigoram para estas provas desde a pandemia — e que, entre outras, determinaram que os exames nacionais contariam apenas como prova de ingresso no ensino superior — e o novo regime dos exames nacionais, que lhes restitui peso na nota final da disciplina. No entanto, este novo regime só será aplicado a todos os alunos no próximo ano lectivo.

No total, deverão ser realizados 288.227 exames nacionais, o que significa que grande parte dos alunos fará mais do que uma prova. Ao contrário do que se verificou nos últimos anos, Biologia e Geologia já não é a disciplina mais concorrida, voltando a ser Português a disciplina à qual mais alunos se inscreveram (44.421).

Além destas duas disciplinas, as mais procuradas são ainda Física e Química A (40.290), Matemática A (38.732), Geografia A (17.809) e Filosofia (17.664). Do outro lado da tabela, está a disciplina de Latim A, para a qual se inscreveram apenas 13 alunos.

Neste ano, nada muda para os alunos do 12.º ano, que realizam apenas os exames necessários como prova de ingresso aos cursos aos quais se querem candidatar, tal como foi introduzido na pandemia. Os estudantes do 11.º ano, porém, já terão de ter em conta algumas dessas alterações, uma vez que têm de realizar pelo menos três exames para concluir o secundário: Português no 12.º ano, que passa a ser obrigatório para todos os alunos dos quatro cursos científico-humanísticos (Ciências, Economia, Humanidades e Artes Visuais), e mais dois exames à sua escolha. Para efeitos de aprovação e classificação final da disciplina, terão de fazer pelo menos um exame a uma das disciplinas bienais da formação específica ou a Filosofia.

Além de servirem como provas de acesso, os exames do secundário podem também ser realizados para melhoria de nota ou para aprovação a disciplinas que ficaram para trás em anos passados. Neste ano, há 96.186 inscrições que têm como objectivo a aprovação às disciplinas e 47.037 a melhoria da nota obtida.

As raparigas voltam a estar em maioria, representando 56% dos inscritos. Os alunos que frequentam os cursos científico-humanísticos são também os que mais concorrem (86%). Já os estudantes que frequentaram o ensino secundário profissional têm um peso de apenas 9% entre os inscritos para os exames.

Os exames nacionais do secundário arrancam no dia 14 de Junho, com as provas de Português. Os resultados da 1.ª fase são publicados a 15 de Julho.

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