Taxa de juro implícita da dívida deverá continuar a aumentar

Segundo o Banco de Portugal, a taxa de juro deverá alcançar, em 2026 os 2,6%, o nível mais elevado desde 2018.

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Nuno Ferreira Santos
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A taxa de juro implícita da dívida deverá continuar a aumentar nos próximos anos, atingindo em 2026 o valor mais alto desde 2018, adicionando pressão aos desafios orçamentais, concluiu o Banco de Portugal (BdP), num estudo divulgado esta segunda-feira.

“Nos próximos anos, espera-se que a taxa de juro implícita continue a aumentar, adicionando pressão aos desafios orçamentais de Portugal”, apontou o BdP, no estudo sobre juros e gestão da dívida pública em Portugal.

De acordo com o banco central, depois do aumento verificado em 2023, a taxa de juro implícita deverá continuar a aumentar nos próximos anos, ainda que a um ritmo menos pronunciado, alcançando em 2026 os 2,6%, o nível mais elevado desde 2018.

“Considerando a trajectória descendente da dívida pública em percentagem do Produto Interno Bruto (PIB) subjacente às projecções do Boletim, que é baseada na hipótese de políticas invariantes, as despesas com juros apresentam um aumento cumulativo de 800 milhões de euros entre 2023 e 2026”, apontou o BdP.

O banco central realçou que, no actual contexto de taxas de juro elevadas, “é crucial manter uma política orçamental prudente e preservar a credibilidade nos mercados”.

Assim, vincou, “para atenuar o impacto nas despesas com juros, será fundamental manter uma política orçamental prudente, visando minimizar os montantes a refinanciar e o risco inerente através do reforço da credibilidade junto dos mercados”.