Sete épocas depois, Sérgio Conceição abandona comando técnico do FC Porto
Treinador e clube chegaram a acordo para a rescisão contratual, sem indemnização. Chega ao fim uma longa - e bem-sucedida - ligação num momento difícil da história dos “dragões”.
Está confirmado, Sérgio Conceição está de saída do FC Porto. Sete temporadas depois, o treinador abandona o clube na sequência de um entendimento entre os advogados das duas partes, numa reunião que teve lugar nesta segunda-feira e que serviu para a formalizar a rescisão de contrato.
A desvinculação do técnico, de 49 anos, acontece alguns dias depois de uma polémica e mediatizada ruptura com Vítor Bruno, seu adjunto há 12 anos, que, segundo a imprensa, será o potencial sucessor escolhido pela administração presidida por André Villas-Boas.
O ex-internacional português estava vinculado ao FC Porto por mais quatro temporadas, até Junho de 2028, sendo que a sua última renovação foi revelada a 25 de Abril, a dois dias da histórica derrota de Pinto da Costa, então presidente há 42 anos e 15 mandatos, frente ao actual líder "azul e branco", André Villas-Boas, no acto eleitoral mais participado de sempre do clube.
No dia 26 de Maio, Sérgio Conceição assinalou o último duelo ao leme dos "dragões", com a conquista da Taça de Portugal, graças à vitória perante o Sporting (2-1, após prolongamento), na final da 84.ª edição da prova, no Estádio Nacional, em Oeiras. Depois do encontro, o técnico revelou que já tinha tomado uma decisão relativamente ao futuro, dando a entender que estava de saída, como agora veio a confirmar-se.
Agora, essa separação confirma-se, sendo que, segundo o jornal O Jogo, Sérgio Conceição não reclama qualquer indemnização ao FC Porto, limitando-se a receber os prémios e salários que teria ainda a haver relativos às últimas semanas de trabalho.
André Villas-Boas, durante a campanha, tinha prometido reunir-se com Sérgio Conceição quando tomasse posse para avaliar a situação e o treinador, há dias, deixou claro que não seria um empecilho e que a eventual indemnização a que teria direito se a rescisão fosse unilateral não seria um problema.
Na última semana, já tinha decorrido uma reunião entre as partes, mas que acabou sem resultados, num contexto de maior crispação, em que, na comunicação social, já se aventava o nome de Vítor Bruno como eventual substituto ao leme da equipa de futebol dos "dragões". Agora, o caminho fica livre para o sucessor, seja ele o antigo adjunto de Sérgio Conceição ou uma escolha feita fora de portas.