Tratado global sobre pandemias deverá ser concluído até 2025, diz a OMS

Os 194 Estados-membros da OMS estão a negociar há dois anos um acordo que poderá aumentar a colaboração antes e durante as pandemias, após os fracassos reconhecidos durante a pandemia de covid-19.

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O director-geral da OMS, Tedros Adhanom-Ghebreyesus Fabrice Coffrini/REUTERS
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As conversações que visam chegar a um acordo global sobre a melhor forma de combater as pandemias serão concluídas até 2025 ou antes, se possível, disse a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Os 194 Estados-membros da OMS estão a negociar há dois anos um acordo que poderá aumentar a colaboração antes e durante as pandemias, após os fracassos reconhecidos durante a pandemia de covid-19.

A agência da ONU tinha inicialmente como objectivo chegar a um acordo esta semana, mas as conversações foram prolongadas devido às profundas divisões entre os países ricos e os países mais pobres em questões como a partilha de vacinas e a preparação.

Os países chegaram, no entanto, a um acordo paralelo para actualizar as regras sanitárias juridicamente vinculativas existentes, conhecidas como Regulamento Sanitário Internacional (RSI), que inclui uma nova categoria de "emergência pandémica" para as crises sanitárias mais significativas e globalmente ameaçadoras.

"As decisões históricas tomadas hoje demonstram o desejo comum dos Estados-membros de protegerem os seus próprios cidadãos e os do mundo inteiro do risco comum de emergências de saúde pública e de futuras pandemias", afirmou o director-geral da OMS, Tedros Adhanom-Ghebreyesus, em comunicado no sábado.

"Com este acordo, tomámos medidas para responsabilizar os países e reforçar as medidas para travar os surtos antes que ameacem os americanos e a nossa segurança", disse, por sua vez, o secretário de Saúde e Serviços Humanos dos EUA, Xavier Becerra, também no sábado.

As alterações às regras globais de saúde visavam reforçar as defesas mundiais contra novos agentes patogénicos depois de a covid-19 ter matado mais de sete milhões de pessoas, de acordo com dados da OMS.