Portugal bate Sérvia e garante final do Europeu sub-17

Ineficácia expôs selecção nacional, que fraquejou na primeira parte, mas renasceu para operar uma dramática reviravolta nos últimos minutos. Itália é o adversário da final.

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Portugal marcou presença na final do Europeu sub-17 dr
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Portugal carimbou, este domingo, em Larnaca, ao bater (3-2) a Sérvia, o apuramento para a final do Campeonato da Europa de sub-17, que disputará com a Itália na próxima quarta-feira (18h30), no Chipre.

A selecção lusa teve de recuperar de dois golos de desvantagem na segunda parte, igualando no último minuto para evitar os penáltis aos 90+5' e poder seguir o Dinamarca-Itália, que a selecção transalpina venceu por 0-1, decidido com golo de Federico Coletta (30').

Rodrigo Mora e João Trovisco foram os heróis da tarde, depois de um jogo dramático, em que a Sérvia esteve perto de alcançar a primeira final da história no escalão.

Depois de ter mostrado as intenções no primeiro lance do jogo, a Sérvia adiantou-se aos 22 minutos, com um golo de Cvetkovic, fundamental para marcar posição e inibir o adversário.

Isto, depois de Portugal ter desperdiçado quatro claríssimas situações de golo, por Gabriel Silva, Geovany Quenda (remate à barra) e Cardoso Varela, de 15 anos, a falhar a baliza por duas vezes, tendo ainda feito aproximações perigosas por Rodrigo Mora e João Simões.

Incontornável foi o facto de o golo da Sérvia ter afectado uma equipa portuguesa subitamente a acusar o desgaste acumulado na competição e acentuado pelo calor, permitindo que o adversário passasse a controlar e a impor-se com naturalidade.

Um autogolo de Eduardo Felicíssimo (37'), num ressalto caprichoso que bateu Diogo Ferreira, deixou a Sérvia ainda mais confortável na partida, comprometendo seriamente as ambições lusas. E o intervalo acabou por chegar para alívio de Portugal, depois de mais um lance em que a Sérvia poderia ter sentenciado o jogo, mas que não soube capitalizar.

No regresso das cabinas, com Eduardo Fernandes no lugar de Cardoso Varela, Geovany Quenda prometeu marcar logo a abrir, mas voltou a desperdiçar. Portugal parecia ter uma palavra a dizer, mas insistia nos mesmos erros: demasiadas perdas de bola e ineficácia absoluta no ataque.

A Sérvia leu os sinais de perigo e ficou a centímetros de ampliar, num remate de Rankovic aos ferros da baliza de Diogo Ferreira, embora esgotando praticamente aí a sua produção ofensiva. Portugal tinha mais uma vida para gastar e só não a usou convenientemente porque Quenda voltou a errar ao decidir servir Mora quando podia fazer golo.

Mas a insistência acabaria por compensar e, na sequência de um livre de Quenda, a Sérvia devolveu a gentileza e marcou na própria baliza (60'), num desvio de Aleksa Damjanovic, filho do seleccionador que acabara de entrar para reforçar a defesa, ainda que a UEFA tenha atribuído o golo a Gabriel Silva (corrigiu posteriormente).

Num minuto (69'), Afonso Patrão, Quenda e Rodrigo Mora mostraram que era possível inverter o resultado. Mas a deficiente definição prevaleceria até ao limite, quando Rodrigo Mora surgiu na área para empatar (89') e afirmar-se como o "goleador" da competição, com cinco golos. No primeiro minuto do período de compensação, Mora podia ter evitado logo ali os penáltis, mas o remate saiu ao lado. Não marcou Mora, brilhou Trovisco (90+5'), assegurando a presença na final.

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