Caso das gémeas: Lacerda Sales ouvido na comissão de inquérito na quinta-feira

Esta audição foi pedida pelo Chega, partido que forçou a constituição deste inquérito parlamentar. O antigo secretário de Estado Adjunto e da Saúde vai ser ouvido esta quinta-feira às 14h.

Foto
Lacerda Sales vai ser ouvido na comissão de inquérito ao caso das gémeas Rui Gaudêncio
Ouça este artigo
00:00
01:46

O antigo secretário de Estado Adjunto e da Saúde António Lacerda Sales vai ser ouvido na quinta-feira na comissão de inquérito ao caso das gémeas tratadas com o medicamento Zolgensma.

De acordo com a agenda da Assembleia da República, a audição do antigo governante está marcada para quinta-feira, às 14h.

Esta, que será a primeira audição desta comissão de inquérito, vai acontecer durante a campanha para as eleições europeias, que termina no dia seguinte.

Esta audição foi pedida potestativamente (com carácter obrigatório) pelo Chega, partido que forçou a constituição deste inquérito parlamentar.

Na sexta-feira, em Évora, o presidente do Chega e coordenador do partido na comissão de inquérito adiantou que iria pedir a audição do antigo secretário de Estado e que esperava que acontecesse “nos próximos dias”.

A comissão de inquérito ao caso das gémeas tratadas com o medicamento Zolgensma vai reunir-se também na terça-feira para informar os deputados sobre as diligências instrutórias solicitadas potestativamente pelos partidos e deliberar sobre os restantes pedidos de audição.

Em causa está o tratamento, em 2020, de duas gémeas residentes no Brasil que adquiriram nacionalidade portuguesa, com o medicamento Zolgensma. Com um custo total de quatro milhões de euros (dois milhões de euros por pessoa), este fármaco tem como objectivo controlar a propagação da atrofia muscular espinal, uma doença neurodegenerativa.

O caso foi divulgado pela TVI, em Novembro passado, e está ainda a ser investigado pela Procuradoria-Geral da República (PGR). A Inspecção-Geral das Actividades em Saúde (IGAS) já concluiu que o acesso à consulta de neuropediatria destas crianças foi ilegal.

Também uma auditoria interna do Hospital Santa Maria concluiu que a marcação de uma primeira consulta hospitalar pela secretaria de Estado da Saúde foi a única excepção ao cumprimento das regras neste caso.