Americanos compram 78,90% da Greenvolt e lançam OPA obrigatória
Fundo Kohlberg Kravis Roberts oferece 8,30 euros por cada acção, acima da contrapartida mínima de 7,30 euros determinada por perito independente.
O fundo norte-americano Kohlberg Kravis Roberts (KKR) já é dono de 78,90% do capital da empresa de energias renováveis Greenvolt e vai avançar com uma oferta pública de aquisição obrigatória para adquirir o capital que ainda não detém.
Esta investida dos americanos sobre a Greenvolt tinha sido comunicada ao mercado em 21 de Dezembro de 2023 quando o KKR, através de uma subsidiária, anunciou uma oferta pública de aquisição (OPA) voluntária para comprar a empresa de energias renováveis.
Nessa altura, o KKR também anunciou um acordo para a compra da posição detida por sete accionistas de referência da empresa portuguesa que, no total, detinham 60,86% do capital da Greenvolt.
A empresa comunicou esta sexta-feira ao mercado que essa operação de aquisição ficou concluída.
Os norte-americanos também tinham mandatado o Mediobanca para adquirir acções no mercado, tendo o banco italiano comprado 18,04% da Greenvolt.
Com estas duas operações, agora concluídas, o fundo norte-americano KKR passou a ser dono de 78,90% do capital da Greenvolt.
Por passar a controlar mais de 50% do capital da empresa liderada por João Manso Neto, a OPA voluntária de Dezembro foi convertida numa OPA obrigatória.
Nesta oferta de compra, para adquirir os 21,1% que ainda não controla da Greenvolt, o KKR, através da sociedade GVK Omega, propõe-se a pagar 8,30 euros por cada acção.
Num comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o fundo refere que o valor oferecido “é superior à contrapartida mínima de 7,30 euros determinada pela Ernst & Young, em 4 de Abril de 2024, na qualidade de perito independente nomeado pela CMVM”.
Na sexta-feira, as acções da Greenvolt cotadas na Euronext Lisbon fecharam a valer 8,31 euros.
Os norte-americanos dizem ainda que, se passarem a deter mais de 90% do capital da Greenvolt através desta OPA obrigatória, vão accionar o mecanismo da OPA potestativa com vista a retirar a empresa de bolsa.