Portugal e Espanha preparam acordo sobre água dos rios Tejo e Guadiana

A Agência Portuguesa do Ambiente e a sua congénere espanhola foram encarregadas de prepararem uma proposta de acordo sobre os vários projectos de utilização da água do Tejo e do Guadiana.

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O rio Erges, um afluente do Tejo, na fronteira entre Portugal e Espanha Nelson Garrido
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As ministras com as pastas do Ambiente de Portugal e de Espanha encarregaram as agências dos dois países de preparar um acordo sobre a utilização da água dos rios Tejo e Guadiana, anunciou este sábado o Governo.

Em comunicado divulgado pelo Ministério do Ambiente e Energia pode ler-se que a reunião ocorreu à margem do Conselho de Ministros da Energia da União Europeia e foi decidido “encarregar a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e a sua congénere espanhola de prepararem uma proposta de acordo, a firmar entre os dois países, sobre os vários projectos de utilização da água do rio Tejo e do rio Guadiana”.

O ministério de Maria da Graça Carvalho acrescentou que o encontro entre a governante portuguesa e a sua homóloga espanhola, a ministra para a Transição Ecológica e o Desafio Demográfico, Teresa Ribera Rodríguez, versou também o aproveitamento energético.

Da reunião, saiu “um princípio de entendimento para impulsionar acções conjuntas de Portugal e Espanha, que permitam não só acelerar as interligações eléctricas ibéricas com o resto da Europa, como adaptar o Mercado Ibérico da Energia Eléctrica (MIBEL) às novas regras do Mercado Eléctrico Europeu, recentemente aprovadas”.

Ambas as governantes “consideraram ainda ser da maior relevância uma maior cooperação bilateral nos processos de avaliação de impacte ambiental dos três projectos rodoviários de interligação transfronteiriça”, assinala o Governo.

Em causa estão os projectos da Ponte de Alcoutim–Sanlucar de Guadiana, da Ponte Internacional sobre o Rio Sever e da ligação de Bragança a Puebla de Sanabria, financiados pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e cujo desenvolvimento está a ser assumido pelo Estado português, acrescentou o ministério.